Aconteceu na noite de ontem, quarta-feira, 8 de novembro, na rua Joaquim Valadares, bairro Bela Vista, o encontro da Fundação Israel Pinheiro com os moradores da região próxima ao sistema pontal. A quadra poliesportiva do bairro Bela Vista recebeu moradores que questionaram assuntos relacionados ao descomissionamento. Péricles Matar esteve no programa A Tarde é Show com Lourival Silva na data do evento e explicou a importância desse primeiro encontro.

“Um dos papéis da assessoria técnica, que é composto por uma equipe multidisciplinar de técnicos, a gente tem desde engenheiro, arquiteto, advogado, assistente social, psicólogo, é a gente descomplicar aí as pessoas que estão no entorno dessas estruturas e aqui, no caso de Itabira, neste primeiro momento nós estamos falando sobre os atingidos do sistema pontal e no projeto de nação civil pública, movida pelo Ministério Público, foi inserida então a população dos bairros Nova Vista, Bela Vista, Senhora de Oliveiras e Praia. O método a montante é um método onde o rejeito vai sendo estruturado e a contenção dele é feita pelo próprio rejeito, não tem uma estrutura adicional criada para fazer essa contenção. Então, ele é cercado pelo próprio rejeito e há um risco grande, principalmente quando a drenagem não está correta, agora a gente tem tido cada vez mais chuvas mais intensas e tudo, isso acaba elevando o grau de segurança ou de insegurança dessa estrutura da barragem. Hoje é proibida a construção de novas barragens nesse sistema, a gente trabalha com a eventualidade de ocorrer isso, mas a gente pede a Deus que isso não aconteça e que esse desmonte, o que a gente chama tecnicamente descomissionamento, descaracterização, nada mais é do que a remoção desse monte de rejeito que está lá depositado por muitos anos, porque se isso viesse a acontecer, seria algo trágico para toda a população. Então, muitas pessoas serão removidas e o que está sendo feito, foi proposto pelo empreendedor aqui, é criar estruturas que durante esse processo de desmonte dessa barragem possa dar uma maior segurança aos moradores, são as ECJ, estrutura de contenção a jusante, é como se fosse um muro de arrimo para conter, no caso de uma eventual ruptura, é um conjunto de postes, estruturas metálicas que conseguem conter a onda de lama no caso de um eventual rompimento. Então, nós vamos partir agora, a Vale deve apresentar agora, por agora, a posição atual dela sobre a construção da ECJ2. Nós ainda não temos as maiores informações e maiores detalhes e gostaríamos de acompanhar isso a partir de um relacionamento nosso com a Vale via Ministério Público, até porque a assessoria TEC tem um caráter de independência, existe o custeio desse serviço, é feito pela Vale, por uma imposição da lei, da política estadual e por uma decisão judicial da justiça de Itabira e que foi reafirmada em segunda instância pelo Tribunal de Justiça.”

Reportagem: Euclides Éder

Ouça a reportagem na íntegra:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.