“Não observamos explosão de internação por covid-19 em Itabira”, afirma infectologista do HNSD.
Os casos de coronavírus voltaram a ter registro de crescimento no país, mas a situação ainda está sobre controle. Itabira vive essa realidade. O ponto de vista é do médico infectologista, responsável pelo controle de infecção do Hospital Nossa Senhora das Dores, doutor Marcelo Fontana. Ele explica com relação ao aumento de casos de coronavírus no Brasil, no estado e também em Itabira.
“O estado informou que está tendo aumento dos casos de Covid-19, que já repercutem até nas internações hospitalares. E apesar de ser um aumento não grandioso, é um aumento leve, mas há um aumento dos casos de síndrome respiratória, síndromes gripais, principalmente a nível ambulatorial. Então, graças a Deus, até o momento, nós não vimos, e a Itabira entra nisso, a gente não observou em Itabira uma explosão de casos hospitalares de internação. Seja de casos moderados a graves ou casos críticos, que são aqueles que vão para a UTI, que é a síndrome respiratória aguda grave. Então, o que nós estamos observando, a nível de Minas Gerais, é um aumento grande de casos, principalmente as formas leves e leves a moderadas, graças a Deus, que isso é um reflexo da vacinação e também do grande contingente de pessoas que tiveram Covid, que é a imunidade natural. Então, eu digo que é um misto entre imunidade natural, porque boa parte de nós já teve contato com as variantes da Covid e também das vacinações. Apesar de que nós temos números aí que só 26 ou 27% das pessoas tomaram a quarta dose ou a dose de reforço com a bivalente, com a vacina bivalente. Há um aumento considerável e um sinal amarelo de alerta, principalmente para os casos leves, aquela pessoa que está em casa gripada, que vai tirar ali os sete dias de atestado, por causa do diagnóstico de Covid. Então, isso já é um sinal amarelo, não é no momento um sinal vermelho, mas serve para a população, principalmente, buscar a vacinação, completar sua vacinação, que é o mais importante.”
Ainda há necessidade de afastamento social?
“Com relação ao isolamento de contato, nós temos que entender que a Covid pode ser transmitida pelo contato, seja talheres, copos, você compartilha, estando perto, trabalhando do lado, em uma superfície que você encoste, leve a mão ao olho, ao nariz e coça, leve a mão à boca. Você pode pegar Covid por contato, dessa forma, mas também pode ser transmitido por gotículas, autossírio, espirrar. Essas gotículas caminham ali perto, principalmente, a um metro ou menos da pessoa que não está doente, pode transmitir e pode ser transmitida também por via aérea, aerosóis, que são partículas pequenas, que ficam ali no ar, suspensas, a mais de um metro ali, transmitem. Então, veja que a Covid, ela tem ainda um potencial enorme de transmissão, é uma doença que vocês estão vendo aí, que apesar de não estarmos observando um quadro crítico, voltou em pleno calor, em pleno caminhar para o verão e vocês entendam, então, que é uma doença que ainda não virou uma doença como que sazonal, como que uma gripe influenza, que chega ali o mês de junho, julho, você gripou ali, todo mundo está de boa, é uma doença ainda que nós não sabemos se virão novas variantes, que são aqueles tipos de vírus de Covid, que podem causar uma pior absurda e morte, como foi a variante Delta, como foi a Ômicron, nós não sabemos ainda se caminhamos para sermos totalmente igual, uma gripe comum, influenza, que só aparece no inverno. Por causa disso tudo, ainda há, sim, a indicação do Ministério da Saúde, da Anvisa e o Estado do isolamento. E esse isolamento, para os casos de Covid, ele está recomendado por pelo menos sete dias e conforme a apresentação do paciente. Formas mais graves podem requerer muito mais do que isso, mas isso vai depender da avaliação médica. O que eu deixo claro aqui é que ainda há indicação de isolamento, o isolamento é no mínimo ainda de sete dias e ele vai ser prescrito e avaliado em cada caso, conforme o parecer do médico que está avaliando cada caso, é isso.”
Reportagem: Euclides Éder
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