Saae afirma que, mesmo contaminada, água não oferece risco
Os resultados das análises microbiológicas realizadas pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) indicam a ausência dos microrganismos nas amostras coletadas nos pontos da rede de Itabira. O resultado vale para as amostras colhidas nos reservatórios, bem como na Estação de Tratamento de Água (ETA) Pureza. Embora tenha havido a contaminação, a água consumida pela população não oferece riscos à saúde. As investigações das causas da contaminação do manancial Pureza terão continuidade, bem como o monitoramento da qualidade dos recursos hídricos.
Os resultados foram liberados no domingo (12), após 24h de incubação. As coletas foram realizadas por servidores do Laboratório Central do Saae, acreditado junto à Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) desde 2011 e possui autorização para realizar esse tipo de análise. A coleta ocorreu em pontos estratégicos para o cumprimento do Plano de Amostragem. Assim que identificada a alteração na qualidade da água, em função de descarte irregular na rede pluvial na região do distrito industrial, medidas foram adotadas pelo Saae para controlar a situação.
A ETA Pureza é responsável por abastecer cerca de 60% dos bairros itabiranos. “O Saae possui um rigoroso controle de qualidade da água distribuída. Ao primeiro sinal de que havia um problema, iniciamos uma força tarefa para investigar as causas e consequências da contaminação do manancial Pureza. Acionamos também os órgãos competentes e fizemos as análises conforme as determinações do Ministério da Saúde. O objetivo dessas análises é verificar e atender os padrões físico-químicos e biológicos estabelecidos como indicadores de potabilidade da água”, afirmou a presidente do Saae de Itabira, Karina Lobo.
Servidores da autarquia, fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) e Polícia Militar estiveram investigando a contaminação do manancial. As investigações serão rigorosas, afirma o sargento Adão Ribeiro, da Polícia Militar de Meio Ambiente. “Estivemos em cerca de 10 empresas, fizemos captações em alguns pontos específicos. Vamos continuar os levantamentos necessários para tentar chegar a identificar se foi um acidente ou crime ambiental, para que quem tenha causado esse complicador seja levado à justiça, autuado, multado e responsabilizado por essa situação tão grave”, aponta o militar.
Reportagem: Euclides Éder