O médico nefrologista coordenador da hemodiálise do hospital Nossa Senhora das Dores e vice-prefeito Marco Antônio Gomes semana passada dia 1° visitou os estúdios da Rádio Itabira para conversar com o apresentador Lourival Silva no programa A Tarde é Show. Ele falou sobre a medicina e a importância de se investir na prevenção e na medicina primária evitar casos mais graves. Ele avaliou o cenário na região e os investimentos em serviços oncológicos.

“Itabira pode pensar num futuro. Eu tenho no meu coração que Itabira tem que pensar na educação e nós estamos nesse caminho. Outro, a saúde é um pilar importante. Porque eu num raio aqui de talvez de duzentos a trezentos quilômetros, a melhor cidade, a melhor saúde é de Itabira, então nós temos que melhorar a infraestrutura nossa em saúde e nós temos melhorado. Embora nós tenhamos aqui um hospital filantrópico, que é o Nossa Senhora das Dores e o hospital municipal, que é o Carlos Chagas. Hoje se nós considerarmos a população que nós atendemos em torno de quase quatrocentos e quinhentos mil habitantes é pouco para nossa cidade. E a outra nós sabemos muito bem, tem dois pilares importantes que é o turismo. Eu acho que aqui em volta nós temos uma área que podemos explorar. Mas são áreas importantes que eu acho que a perspectiva muito boa daqui pra frente. Quando eu aqui cheguei em 1988 eu observei o seguinte Itabira certo. É um centro um centro de saúde. Como é o centro é lógico que nós vamos ter várias doenças mas aqui chegando eu observei o seguinte: aqui há duas patologias que nos preocupa. Uma é pressão arterial. Muito grande de hipertensos. E posteriormente nós temos doenças renais com número também muito significativo. Eu leio muito bem quando eu cheguei a conversar com o doutor Júlio neurologista. Eu já vim preparado para os casos de infarto agudo do miocárdio. E chegando aqui eu falei assim olha aqui você vai ter um número muito você vai ter sim aqui acidente vascular cerebral e isso é o paciente vai evoluir normalmente com AVC vai ficar esquecido de um lado vai ficar afastado pra poder falar ele falou assim aqui não é e ele tinha razão a sabedoria certo doutor Júlio pela experiência juntamente com o seu pai né então isso me e me ajudou na abertura da UTI aqui. Primeira UTI do Carlos Chagas. Que é essa na verdade a minha preocupação de tratar o paciente hipertenso renal crônico. E e outra patologia? Era acidente vascular cerebral. E por quarto era hemorragia digestiva alta devido aqui a a contaminação das águas pois nós tínhamos um paciente hipertensão portal que acaba evoluindo com varizes e esôfago e sangramento ele passa a vomitar sangue. E de lá pra cá mudou um pouco, mudou. Por que que nós temos visto hoje? Nós temos visto com um aumento muito grande da diabetes, certo? Nós fizemos levantamento recente dentro da secretaria de onde nós observamos o seguinte, o número de diabetes em Itabira tem aumentado, isso em todos os bairros. Então a preocupação de tá levando a população eh dos bairros é que ele precisa se cuidar na região, na questão do diabetes. E a outra segunda hipertensão arterial. Mas a terceira que eu sempre achei que fosse a doença renal crônica. Nós estamos num aumento significativo do número de neoplasia de câncer. Será que por que nós abrimos a oncologia que era um sonho antigo do hospital? E a perspectiva de se ter não a quimioterapia, mas a radioterapia, mas é uma preocupação. O que devemos fazer? Nesse período nós estamos preparado, certo? Pra atender o paciente grave, hoje nós temos as duas UTIs aqui em Itabira, nós temos um pronto-socorro que é um pronto-socorro que eu considero o melhor da região, certo? Nós temos uma preparação de médicos a preparar pra atendimento de urgência. Aí eu pergunto, será que

essa mesma infraestrutura que nós temos dentro de hospitais a nível dos PSFs e das UPAs? Eu acredito que não. A minha preocupação tem visão de medicina primária. Essa medicina que faz o encontro com o povo. É uma medicina que vai encontro com a casa. É a medicina que vai encontro com aquele que se encontra no seu bairro porque nós sabemos que a adversidade, a diversidade concorre num quem mora na Pedreira, quem mora no Fênix e quem mora no Pará. É completamente diferente. Eu lembro quando cheguei aqui o bairro Campestre era um bairro de funcionário da Vale. Então, o funcionário da Vale tem uma infraestrutura diferente de quem mora na Pedreira, por exemplo, e como chegar até aonde está o povo. Essa é a nossa preocupação e que eu acho que aí sim nós vamos amenizar hoje o número muito grande de pacientes internados ao nível hospital. E a nível terciário que é muitas vezes em Belo Horizonte.”

Reportagem: Euclides Éder

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