O médico infectologista do Hospital Nossa Senhora das Dores, Marcelo Fontana, alerta para prevenção e conscientização como enfrentamento da AIDS. Ele começa explicando o que se trata a AIDS.

“A AIDS é a fase avançada da doença da infecção pelo HIV. AIDS quer dizer Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, que é aquela fase que o indivíduo que contaminou com HIV em média dez anos depois a doença evolui, diminui a resposta da imunidade dos indivíduo, ele fica imunossuprimido mais grave e ele passa a evoluir pra AIDS que é essa fase avançada da doença que ela é caracterizada por perda de peso, febre prolongada, às vezes mais de trinta dias, diarreia prolongada de mais de trinta dias, principalmente, infecções oportunistas que seriam vários tipos de infecções que pessoas sem a doença do HIV não tem. Que seriam infecções tipo pneumonia, infecção urinária, meningite, tuberinfecções por fungos e bactérias, outras bactérias e protozoários. Então essas infecções nada mais são junto com a perda de peso acentuada, a definição aí da AIDS que é essa fase avançada e é justamente são justamente essas infecções oportunistas e graves que levam a morte do indivíduo geralmente pro HIV AIDS. Se não tratado a tempo e se deixar evoluir pra essa fase. AIDS é diferente de ser HIV positivo. O soro positivo é aquele que tem o HIV mas não manifestou a doença. O indivíduo com AIDS aquele indivíduo magrinho como ficou Cazuza no finalmente da vida. Magro com doenças, com infecções e muito debilitado. Então AIDS é isso, é a fase avançada e o HIV positivo é o portador do vírus que ainda não manifestou ou está controlado, tratando e não manifesta a doença.”

Como se dá o contágio?

“O HIV ele se transmite principalmente por contato sexual. A forma principal é pessoal, oral, anal e vaginal. Lembrar que o sexo oral também transmite. O HIV pode ser transmitido por transfusões de sangue hoje muito muito raras no Brasil pela qualidade dos hemocentros. Igual nós temos hemominas em Minas Gerais. Isso é muito muito extremamente raro. Pode ser transmitido também por de seringas, em usuários de drogas injetáveis. É uma contaminação ainda presente e comum. Pode ser transmitido também às vezes até por cachimbo de crack de quem fuma e compartilha o cachimbo. Ele machuca fere a boca, está com sangue. E os usuários de drogas vão compartilhando os cachinhos com sangue. E pode também transmitido da mãe pro filho, a gestante está com HIV transmite se não tratada durante a gestação pro filho. Isso é chamado de transmissão vertical da mãe pro filho. Então essas são as formas de contaminação da doença.”

Quais são as formas de prevenção?

“A prevenção do HIV ela é basicamente educa desde a fase de pré-adolescência e adolescência os jovens serem devidamente orientados seja na escola ou em casa sobre sexualidade sobre principalmente o uso de preservativo que é um número muito baixo em jovens hoje porque a turma jovem e os adultos jovens de hoje não viram HIV não viram Cazuza, não viram Betinho, enfim morrem não viram Renato Russo. Então essa geração desconhece o que que é HIV, AIDS, que é a que é a forma avançada. O paciente morreu de AIDS. E hoje tem o mito de que o coquetel trata que virou uma doença comum. Não é uma doença comum. É uma doença que pode ser tratada e o paciente tem uma vida quase normal. Mas ela não plenamente normal. Seja pelo estigma da doença ainda presente a vergonha social da doença. Infelizmente ainda presente, e todas as repetições que o HIV AIDS pode causar na pessoa. Então a principal forma de prevenção é isso. Educação continuada desde pré-adolescência adolescência. Orientação sobre isso é pra vida toda a segunda forma de prevenção hoje que temos é com a PREP que é a profilaxia pré-exposição HIV. A PREP é a tomada de coquetéis são dois tipos de coquetéis hoje disponibilizados gratuitamente pelo Ministério da Saúde para públicos alvo específicos são específicas que tem direito a PREP e essa prevenção é feita baseada no uso diário ele pode ser feito sob demanda nos períodos ali de maior atividade sexual mas é disponibilizado para grupos específicos não vou entrar em detalhe porque isso depende de avaliação dos programas aqui de HIV AIDS como tem Itabira depende de avaliação do infectologista e depende de enquadramento se é um público que faz direito ou não a tomar. Mas existe a PREP, ela vem crescendo no país e é uma forma de prevenção amplamente disponível pelo SUS.”

Com contribuição da assessoria de comunicação do Hospital Nossa Senhora das Dores.

Reportagem: Euclides Éder

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