Crédito: Elmo Alves

7ª edição do evento acontece também em Congonhas

Duas cidades de Minas Gerais recebem a 7ª edição do festival “Som na Faixa”, que evidencia a cultura e a música, por meio da circulação interiorana. O evento passa por Congonhas (30 de março), e Santa Bárbara (dois de abril), com uma programação que exalta a cultura regional e a música instrumental. Os shows são gratuitos e as apresentações serão transmitidas on-line pelo canal do YouTube da Muda Cultural, agência idealizadora e realizadora do projeto.

“O Som na Faixa é o desdobramento de outra iniciativa da Muda Cultural, que pretendia dar espaço e revelar novos talentos da música brasileira. Hoje, o projeto também procura sair das capitais para oferecer atividades artísticas em locais menos assistidos do ponto de vista de oferta cultural. E como forma de tornar a programação ainda mais acessível, o projeto concilia, desde a 1ª edição, o presencial com o on-line”, explica Gabo Medina, produtor cultural do projeto.

“A 7ª edição passa por duas importantes cidades, patrimônios culturais do Estado. Congonhas terá uma programação focada em expressões musicais de rua, as chamadas fanfarras; e em Santa Bárbara a musicalidade de palco com traços marcantes da ancestralidade africana”, explica Gabo Medina. A banda Belina Orkestar abre a programação às 15h30, com show no teatro de Arena dos Museus de Congonhas (alameda Cidade Matozinhos de Portugal, 77, Basílica).

A Orquestra Popular Terno do Binga assume a programação a partir das 17h, com o seu maracatu, cirandas e frevo, passando também pelo coco rural e o bumba meu boi. O grupo traz influências que vão desde os grandes mestres como Biu Roque e Lia de Itamaracá a artistas contemporâneos como Siba e Otto, referências na difusão e valorização dessas culturas e seus fazedores. A orquestra é fruto do encontro entre o movimento das fanfarras de rua e grupos percussivos.

Em Santa Bárbara dia dois de abril, às 20h, haverá o Show Afromineiro – Juventino Dias Sexteto. O trompetista apresenta seus arranjos e composições autorais, que o levaram a ser, no ano de 2023, um dos vencedores do 22º Prêmio BDMG Instrumental. Um show onde a música instrumental brasileira vai cruzar com memórias e experimentações da música afrodiaspórica. O artista materializa sonoramente suas impressões e vivências de quase 25 anos de carreira.

O trabalho de Juventino Dias chama a atenção para um cenário de Música Instrumental Afromineira, em plena ascensão em Belo Horizonte, protagonizada por um movimento de artistas negros do coletivo Babadan Banda de Rua, do qual o músico participa. Antes do concerto, alunos da Escola Estação da Música farão uma apresentação especial, às 19h30. A programação em Santa Bárbara acontecerá ao ar livre, na rua Ramal do Ferroviários, s/nº, Centro.

Reportagem: Euclides Éder

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