Pediatra Ana Luíza Barcelos. Fonte: FSFX

O outono, que começou 20 de março é momento de alerta para a saúde de muitos brasileiros, em especial para crianças, pois a alteração de temperatura e do clima deixa-as mais suscetíveis à infecções ou crises respiratórias. Ana Luíza Barcelos, pediatra da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), explica que a sazonalidade dos vírus que afetam o trato respiratório e o comportamento das pessoas agravam as possibilidades de infecções e crises respiratórias no outono.

“Alguns vírus são mais frequentes nessa época do ano, porque eles circulam por mais tempo no ar e se propagam com mais facilidade. E, de uma forma geral, o comportamento das pessoas no outono e no inverno; de manterem portas e janelas fechadas, de ficarem em locais mais fechados, ou seja, geralmente ambientes que não são ventilados, justamente por conta do clima frio; é que predispõe a maior troca de vírus”, afirma a médica pediatra da FSFX.

É comum o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que causa bronquiolite e ataca principalmente crianças menores de dois anos, além de outras infecções respiratórias que, simultaneamente, circularão, por isso, atenção especial aos bebês. “Outro vírus muito importante é o influenza, que causa a gripe e tem sintomas respiratórios intensos, como febre alta persistente. Outro relevante de ser citado é o adenovírus, que também circula nessa época,” afirma Ana Luíza.

Segundo a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a principal forma de prevenção é a vacinação. “É muito importante a vacinação para os vírus respiratórios. Vale, ainda, uma atenção especial a Covid-19. A partir de seis meses de idade, as crianças já podem ser vacinadas, essa é uma forma de prevenção importante, pois diminuiu o risco da criança venha a adoecer e evoluir para caso mais grave, mais sério, mais intenso”, reforça a pediatra da FSFX.

Outras dicas de prevenção: evitar aglomeração, principalmente locais fechados e cuidar das vias respiratórias. “Como não existe nenhum remédio específico para os sintomas gripais e respiratórios, os pais ou responsáveis devem lavar o nariz com soro fisiológico sempre que necessário. Para as crianças maiores de um ano, em casos de tosse, de gripes e resfriados, recomendo o uso do mel, como forma de alívio da tosse, além de hidratar bastante”, orienta.

“Quando a criança apresentar prostração mesmo sem febre, recusa de líquidos e dificuldade respiratória, ou seja, quando está respirando com dificuldade é importante procurar o atendimento de urgência. É muito importante o ato de vacinar e seguir algumas medidas preventivas, como lavar as mãos regularmente, evitar contato com pessoas doentes, manter os ambientes limpos e ventilados, alimentação saudável e equilibrada para fortalecer o sistema imunológico”, conclui a profissional.

Reportagem: Euclides Éder

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