Crédito: Divulgação/”Fala Quilombo”

O Festival “Fala Quilombo” acontece desde 2021, e se caracteriza como o principal encontro de comunidades quilombolas do Estado, momento da importância para as comunidades tradicionais e para Itabira, a partir de trocas de experiências e a valorização as manifestações afro-mineiras. Em 2024, o evento amplia seu público-alvo e área de atuação. Vai buscar bairros periféricos e escolas municipais, potencializando as ações, discussões e confluências que afetam as pessoas negras e indígenas em nossa região.

Crédito: Divulgação/”Fala Quilombo”

Com o tema “Renda e educação para uma verdadeira abolição” propõe a releitura sobre o 13 de maio, elucidando o povo negro como o verdadeiro responsável pelo fim do regime escravagista. Também propõe reflexões sobre como a população negra, enfrentando 135 anos de consequências em uma realidade de opressão e falta de acesso, principalmente, à educação de qualidade e renda digna. A realização do “Fala Quilombo” demanda de equipe multidisciplinar, de quilombolas, pesquisadores e lideranças sociais.

Crédito: Divulgação/”Fala Quilombo”

Itabira, assim, assume a vanguarda em discussões sociais, econômicas e políticas. O evento contará com palestras, oficinas, e mesas redondas acerca do protagonismo afrobrasileiro, com ênfase no ecossistema empreendedor, como estratégia econômica para enfrentamento das desigualdades. No pressuposto que, o diálogo entre relações, produções econômicas, cultura quilombola e indígena, será possível ressignificar o cenário em consonância com potências econômicas locais, por meio do empreendedorismo.

Edição de 2023. Crédito: Divulgação/”Fala Quilombo”

O encontro pretende fortalecer o turismo, com a promoção da cultura local, gerando receita, e desenvolvendo a preservação do patrimônio cultural.  Uma série de atividades e mobilização, voltadas para a educação e geração de recursos para pessoas negras, periféricas, quilombolas e indígenas. O ápice será a celebração do encontro nas comunidades quilombolas e indígenas, que habitam a Bacia do Rio Doce, com a população de Itabira, principalmente alunos da rede municipal, entre os duas 24 a 26 de maio.

Crédito: Divulgação/”Fala Quilombo”

Para garantir a participação do público-alvo, a organização disponibilizará tickets para transporte coletivo gratuito, em todas as linhas que atendam as comunidades, onde as atividades serão realizadas, e os bilhetes poderão ser retirados na Casa da Cidadania, localizada na praça Acrísio Alvarenga no Centro, em horário comercial. A abertura do “Fala Quilombo” será com o evento “Troca de Saberes”, sábado (25) no Campus Itabira da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), às 7h.

Apoiadores do evento. Crédito: Divulgação/”Fala Quilombo”

 Programação

8h30 – Apresentação cultural
9h – Mesa de abertura, e boas vindas
9h30 – Mesa Política “Luta por Titulação de Territórios Tradicionais”
11h30 – Debate

Até ao 12h – Oficinas para crianças e juventude:
⦁ Abayomi: aprendendo e construindo nossa história;
⦁ Vivência de Capoeira;
⦁ O lugar onde vivo: pertencimento, valorização e resgate cultural. Construção de políticas e poéticas por meio de zines;
⦁ Rap: detalhes que enriquecem o enredo; e ciranda com as crianças.

13h30 às 16h – Oficinas temáticas:
⦁ Terapias naturais: saberes ancestrais que curam;
⦁ Ingresso à universidade;
⦁ Instrumentos de gestão territorial e ambiental;
⦁ Economia Quilombola: projeto para criação de rede de produção e comercialização das comunidades quilombolas da Bacia do Rio Doce;
⦁ Engenharia Quilombista:  montando painéis elétricos aplicados à agricultura familiar;
⦁ Tranças Nagô; e ciranda com as crianças.

16h30 às 17h30 – Apresentação de reivindicações e compromissos debatidos em plenária

Reportagem: Euclides Éder

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