Dengue: índice de infestação em Itabira cai de 12,8% em janeiro, para 1,3% em maio
Fonte: SMS/PMI
Reduziu consideravelmente o índice de infestação do mosquito transmissor da dengue e outras endemias, em Itabira. O mais recente Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), realizado em maio, apontou infestação predial de 1,3%. Em janeiro, a mesma pesquisa apontou 12,8%. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), os índices inferiores a 1% são considerados satisfatórios; de 1% a 3,9% situação de alerta; e superiores a 4% representam risco alto para surto. O sistema Liraa desempenha papel crucial ao facilitar as análises nas amostragens, com informações detalhadas sobre índices prediais. O empenho da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) surtiu efeito.
Fonte: Prefeitura de Itabira
Os dados visam otimizar e direcionar estrategicamente as ações de controle do vetor, proporcionando delimitação eficaz das áreas de risco. Em dezembro, após alerta de circulação do sorotipo três em Belo Horizonte, diversas ações foram realizadas em Itabira, a fim de combater os números de incidência elevada das arboviroses. Plano de contingência foi traçado e decreto emergencial colocado em vigor. Foi criada a Sala de Situação, para concentrar as demandas relativas à epidemia, principalmente, organizando mutirões de limpeza, fiscalização da Vigilância Sanitária, Posturas e Meio Ambiente, digitação dos casos suspeitos, confirmados e óbitos, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Foto: Carol Vieira/PMI
A ferramenta trouxe resultados relacionados à desburocratização, agilidade nas tomadas de decisões, parceria e proximidade entre os setores de diferentes secretarias municipais. Os dados comprovam que as ações desempenhadas de maneira ativa pelo sistema, resultaram no decréscimo acentuado de notificações e no Liraa, mesmo em ano epidêmico. “Os números alcançados recentemente evidenciam o sucesso das ações da Sala de Situação da Dengue, podendo se valer da máxima: limpeza é sinônimo de saúde”, comemorou o diretor de Controle de Zoonoses da SMS, Gustavo Cardoso Pinho. Mesmo no cenário animador, não se deve negligenciar e reduzir ações preventivas.
Fonte: Prefeitura de Itabira
Para a redução de incidência é preciso combater o mosquito no criadouro: depósitos de água parada. Durante as visitas domiciliares, os Agentes de Combate a Endemias (ACEs) fazem a orientação para eliminação de focos, e quando não é possível, é realizado o tratamento com larvicida. Os depósitos de água que servem como criadouro do Aedes aegipty são classificados da seguinte maneira: caixa d’água elevada ligada à rede pública e/ou sistema de abastecimento particular (poço, cisterna, mina); depósito em obras e horticultura; locais ao nível do solo para armazenamento de água, como garrafas, moringas, dispositivos como tonel, tambor, barril, tina, potes, captação de água emo poço com acesso ao lençol subterrâneo.
Fonte: Prefeitura de Itabira
Também fazem parte dessa classificação: vasos ou frascos com água, prato, pingadeira, recipiente para degelo de refrigeradores, bebedouros, fontes ornamentais, calhas, ralos, sanitários em desuso, tanques de obras ou borracharias, máquinas e equipamentos em pátios, piscinas sem tratamento, ponto que acumula água em cemitérios, vidro sobre muros, pneus e outros materiais como câmaras de ar, inservíveis ou lixo acumulado em recipientes plásticos, latas, sucatas em pátios ou ferro velhos, folhas de bromélias, pontos ocos em árvores, buracos nas rochas, restos de animais como carcaças. Sendo o Liraa fundamental para mensurar o grau deste desafio de controlar a dengue.
Reportagem: Euclides Éder