Foto: Arquivo

Nesta sexta-feira (14) é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data tem como objetivo agradecer aos heróis anônimos que se dedicam a salvar vidas, ao adotar o ato de humanidade, e a Fundação São Franscisco Xavier (FSFX) incentiva a atitude. Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data visa conscientizar sobre a necessidade de aumentar o número de doadores nos bancos de sangue. Trata-se de ato simples, porém de muito impacto, vital para tratamentos em cirurgias complexas, como de câncer, doenças crônicas e cuidados com prematuros. A disponibilidade pode fazer a diferença pela vida.

Bolsa de Doação de sangue. Foto: Arquivo. Crédito: UFV

Esse foi o caso do Heitor, de um ano e cinco meses, filho de Vanessa Cristina. Ele precisou de transfusão devido a uma condição grave que causava a paralisação renal. A enfermidade provocou anemia, e outras perdas nos componentes. A mãe de Heitor relata que ele já recebeu duas transfusões no Hospital Márcio Cunha (HMC), da FSFX, felizmente havia bolsas disponíveis, mas, o processo não foi simples. “O HMC teve que fazer o teste em vários tipos de sangue diferentes, porque mesmo sendo O positivo, não encontravam a bolsa 100% que fosse compatível com os componentes sanguíneos do meu filho,” conta a mãe.

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Em cada bolsa, são coletados no máximo 450ml de sangue, separado em diferentes componentes: hemácias, plaquetas e plasma, beneficiando até quatro pacientes. As bolsas são para atender emergências, e pacientes internados. A demora pode resultar em complicações graves, e até fatais. Por isso, é crucial ter sempre bolsas disponíveis. “A gente tem que ter consciência e doar, porque pode ser que não precise hoje, mas pode precisar amanhã. Não podemos esperar a necessidade para se tornar doador. Só quando a gente sente na pele é que tem a dimensão do quanto realmente é importante,” afirma Vanessa.

Foto: Arquivo. Crédito: Prefeitura de Itabira

O processo de doação é seguro e simples, e envolve cadastro rápido, triagem médica para garantir a segurança do doador, e do receptor. Todo o processo dura cerca de 10 minutos, além de breve observação. O corpo humano é capaz de repor o volume de sangue doado rapidamente, garantindo assim, que os doadores não sofram qualquer efeito. “O processo de doação é tranquilo, não passa mal, não dói, não sinto desconforto. Pelo contrário, me sinto muito bem depois que faço. É muito bom saber que posso ajudar as pessoas e, quem sabe, salvar vidas”, afirma José de Castro, de 58 anos, que a cada dois meses faz o ato.

Doador José de Castro. Crédito: FSFX

A motivação inicial para se tornar doador veio de necessidade familiar, quando seu cunhado precisou de sangue para um cateterismo. A partir desse evento, percebeu a importância de manter o estoque abastecido, e decidiu fazer a sua parte. “Depois desse caso na família, percebi a importância de ter estoque de sangue”, explica José. A OMS e os serviços de hemoterapia em todo o mundo incentivam a doação. A regularidade nas ações ajuda a manter os estoques estáveis, e preparados para emergências ou situações críticas. Homens podem doar a cada dois meses, enquanto mulheres podem a cada noventa dias.

Foto: Arquivo

O critério básico para ser doador inclui ter entre 16 e 69 anos. Também é necessário pesar mais de 50 kg, estiver em boa saúde, mulheres não grávidas ou amamentando, além de não ter feito tatuagem ou maquiagem definitiva nos últimos 12 meses. José sabe que poderá doar sangue por mais 11 naos, e por isso, sente a urgência de conscientizar outras pessoas para seguir seu exemplo. “Tento conscientizar as pessoas porque daqui a pouco não vou poder mais doar”, diz. Dia Mundial do Doador de Sangue deve inspirar a todos há dedicar seu tempo, e fazer a diferença em histórias como a de Vanessa Cristina.

Reportagem: Euclides Éder

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