Marco Antônio Lage. Foto: Robson Oliveira

No Seminário, oficinas e painéis com assuntos relevantes

Nesta segunda-feira (6), a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) será o foco central de evento do Tribunal de Contas da União (TCU) e Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), que integra a programação do “Diálogo Público Minas Gerais – Encontro de Ideias e Soluções”, no auditório do TCE-MG, com especialistas, gestores públicos, representantes do setor mineral e da sociedade civil. Entre os palestrantes, o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, presidente da Associação Brasileira dos Municípios Mineradores (AMIG Brasil).

Ele vai trazer uma análise sobre os desafios e as oportunidades relacionados à CFEM. O seminário, que ocorrerá das 14h às 18h30, será dividido em dois painéis principais. O primeiro, intitulado “Arrecadação e Fiscalização da CFEM: Cooperação e Estratégias para Fortalecer o Controle e a Arrecadação”, discutirá os principais entraves na arrecadação e fiscalização dos recursos da CFEM. Marco Antônio Lage participará deste painel, ao lado de representantes da Agência Nacional de Mineração (ANM), do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e da Controladoria-Geral da União (CGU).

O objetivo será debater soluções para aprimorar a fiscalização, fortalecer a cooperação entre os entes federativos e garantir que os recursos sejam devidamente recolhidos. O segundo painel, “Distribuição e Aplicação da CFEM: Transparência e Desafios em sua Aplicação” abordará como os recursos da CFEM podem ser utilizados para promover o desenvolvimento socioeconômico sustentável nos municípios mineradores. Serão apresentadas boas práticas na aplicação dos recursos, além de discussões sobre a importância da transparência e do controle social.

Marco Antônio Lage destacará a urgência de revisar a CFEM, trazendo dados alarmantes sobre a subarrecadação e os prejuízos causados pela falta de fiscalização. “Dados do TCU mostram que, entre 2014 e 2021, cerca de 40% da arrecadação da CFEM foi sonegada, o que representa um prejuízo de R$ 12,4 bilhões. Outros R$ 20 bilhões estão em risco de prescrição devido à incapacidade de fiscalização. Esses números mostram que o Brasil está sendo lesado, e quem mais sofre são os municípios mineradores, que ficam sem os recursos necessários”, enfatiza o prefeito de Itabira.

O presidente da AMIG Brasil, também vai reforçar o debate sobre a importância de conscientizar os municípios mineradores e afetados sobre a aplicação estratégica da CFEM. “Esses recursos precisam ser usados de forma planejada e responsável, priorizando o desenvolvimento sustentável, a melhoria da qualidade de vida da população e a preparação dos territórios para um futuro pós-mineração. Não podemos permitir que a má gestão ou a falta de planejamento comprometam o potencial transformador da CFEM”, destaca Marco Antônio Lage. O evento segue até o dia oito de outubro.

Reportagem: Euclides Éder

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