Polícia Militar segue combate ao “rolezinho do grau”, em Itabira
O “rolezinho do grau” é termo informal que se refere ao encontro de grande quantitativo de pessoas em locais públicos, como praças e parques, para a atividade irregular, empinando motocicletas. Esses encontros normalmente são organizados por meio de redes sociais, ou mensagens de grupos por aplicativos. A palavra surgiu do neologismo que deriva da gíria brasileira “rolé”, que significa, fazer pequeno passeio em um grupo de amigos, ou dar uma volta. Porém, este fenômeno, alvo de operações da Polícia Militar (PM), ganhou maior visibilidade quando os jovens decidiram participar, com o objetivo principal de chamar a atenção do público. O Código Nacional de Trânsito (CNT) prevê essas situações, e a PM promete ser incisiva nesta fiscalização.
O 26º Batalhão de Polícia Militar (BPM) desenvolve essa atividade até dia primeiro de janeiro de 2025. “Por meio do 26º BPM realizamos diversas operações do combate ao ‘rolezinho do grau’. Essa mensagem serve como alerta, à aqueles que pretendem aderir a essa prática criminosa, além de pontuar os principais crimes e infrações de trânsito, relacionados ao ‘rolezinho do grau’, como por exemplo, o artigo 306 do CNT: dirigir sob influência de álcool ou substância psicoativa, com a pena de seis meses a três anos, além da multa no valor aproximado de três mil reais. Artigo 308 do CNT: disputar corrida ou demonstrar manobra gerando risco. com a pena de três a seis anos, além de uma multa no mesmo valor (três mil reais)”, disse o tenente Felipe Lopes.
Nesta mesma publicação nas redes sociais da Unidade, o oficial destaca que além de infringir os códigos citados na Lei de Trânsito, há também infrações na esfera criminal, podendo gerar prisão em flagrante, além da remoção do veículo, mesmo que em situação regular nos recolhimentos dos tributos obrigatórios. “O artigo 311 do Código Penal prevê que, adulterar ou suprimir sinal de identificação veicular, como por exemplo, colocar fita isolante em algum dígito da placa, ou transitar com veículo com a placa removida, há a previsão da pena de três a seis anos, além de outras multas relacionadas,” finaliza o porta-voz. O trabalho começou na antevéspera de Natal, e em Minas, mais de 100 motocicletas irregulares já foram recolhidas. Denúncias são recebidas pelo 190.
Reportagem: Euclides Éder