Benção aos cavaleiros reúne mais de mil participantes de 48 comitivas, em Ipoema
Foto: Carol Veloso/Ascom/PMI
O primeiro final de semana, com a celebração do 22º aniversário do Museu do Tropeiro e 4º Festival da Cultura Tropeira, foi marcado por encontros, fé e integração. O ponto alto foi a tradicional benção aos cavaleiros, reunindo mais de mil participantes de 48 comitivas. O evento foi realizado em Ipoema, no sábado (10), com o tema “Turismo na rota do Tropeirismo”.
Participaram cavaleiros e amazonas de Alvinópolis, Barão de Cocais, Belo Horizonte, Bom do Amparo, Coronel Fabriciano, Itabira, João Monlevade, Mateus Leme, Ouro Preto, Ravena, Rio Piracicaba, Santa Bárbara, Santa Luzia, São Gonçalo, Sete Lagoas, e Taquaraçu de Minas, através de suas receptivas comunidades rurais, representando cerca de 28 localidades mineiras.
Foto: Aguinaldo Ferry/FCCDA
O prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, destacou a importância da festa no fomento do turismo como um vetor de desenvolvimento. “O Museu do Tropeiro foi um dos primeiros equipamentos, depois da Estrada Real, que foi consolidado e esse evento vem demonstrar exatamente esse potencial de integração turística, de tradição e de cultura, que precisamos para a diversificação econômica”.
As tropas que chegaram a Ipoema partiram de Santa Bárbara na manhã de sexta-feira (9), passando por Barão de Cocais e Bom Jesus do Amparo. O trajeto, com aproximadamente 53 quilômetros, refaz parte do percurso histórico do tropeirismo em Minas Gerais, desta vez, em sentido inverso à rota tradicional, que se iniciava em Ipoema e seguia até Santa Bárbara, transportando mercadorias em tropas.
Foto: Aguinaldo Ferry/FCCDA
O show principal ficou por conta de Bruna Viola, que fez história ao se tornar a primeira mulher a ocupar o palco principal das comemorações do aniversário do Museu do Tropeiro e do Festival da Cultura Tropeira. Com carisma e autenticidade, a cantora levou ao público a força da nova geração da música raiz caipira, consolidando-se como grande nome em ascensão no gênero.
“Celebrar é, acima de tudo, reconhecer a importância do tropeirismo na nossa identidade. Momento valioso de preservação da memória e de diálogo entre gerações. É gratificante ver a lei que institui o ensino do tropeirismo nas escolas ganhando vida em ações concretas”, destacou Vanessa Faria, superintendente da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA).
Foto: Aguinaldo Ferry/FCCDA
As comemorações seguem com programação que envolve sete escolas municipais em oficinas, rodas de conversa, teatro e sarau, que nesta sexta-feira (16), a partir de 19h, terá a participação dos Drummonzinhos, em frente ao Museu do Tropeiro. “Estamos formando cidadãos mais conscientes do seu território, da sua cultura e da sua história,” finaliza a historiadora e gestora, Vanessa Faria.
No sábado (17) as festividades continuam com a abertura da 1ª Roda de Viola de 2025, a partir das 20h, com o Ritual do Fogo, acendimento da fogueira e apresentações das Lavadeiras de Ipoema, Estaladores de Chicote e Trovadoras. Sobem ao palco Titane e Pereira da Viola às 21h, e Wesley e Elson às 23h. Toda a programação acontece na praça Augusto Guerra, Centro do distrito.
Reportagem: Euclides Éder
