Reajuste de energia elétrica começa a valer dia 28 de maio: 7,36% mais cara
Crédito: Cemig/Divulgação
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu 7,36% de reajuste na tarifa dos clientes residenciais da Cemig. O anúncio foi feito, na manhã desta terça-feira (20), durante a 17ª reunião ordinária realizada pelo órgão na capital federal. A nova tarifa da companhia passa a vigorar a partir do próximo dia 28 e vai até o dia 27 de maio de 2026, conforme determina o contrato de concessão da distribuidora. É importante destacar que as tarifas de todas as distribuidoras brasileiras são definidas pelo órgão regulador (Aneel), todos os anos.
Para os 1,5 milhão de consumidores residenciais beneficiados pela Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), o valor terá um acréscimo de 2,02%. A grande diferença em relação aos clientes residenciais normais, que não são classificados como baixa renda se dá pelo fato de o encargo da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) não incidir na fatura dos beneficiados da Tarifa Social. O reajuste da Cemig Distribuição foi impactado principalmente pelo aumento dos encargos setoriais, que representou 4,63 pontos percentuais do novo valor.
Crédito: Cemig/Divulgação
“As distribuidoras desempenham um papel que vai além da simples entrega de energia para os clientes. Elas são essenciais para manter o fluxo financeiro do setor elétrico nacional. As concessionárias atuam junto aos consumidores de energia elétrica, e fazem a arrecadação, por meio das faturas, dos recursos necessários para remunerar essa cadeia, como as geradoras e transmissoras, além de repassar encargos para os governos municipais, estaduais, e federal”, afirma o gerente de regulação da Cemig, Giordano Braz de Pinho Matos.
Os encargos destinam-se a subsidiar diversas políticas públicas no setor elétrico, incluindo a universalização do serviço, tarifa social, incentivo às fontes renováveis e desenvolvimento energético dos Estados. O gerente da Cemig ainda explica que o cliente da companhia vai perceber o reajuste total a partir da fatura de junho com vencimento em julho de 2025. “Em junho, os consumidores pagarão uma parte do consumo registrado antes de 28 de maio, ainda conforme a tarifa antiga, e a outra parcela do consumo já com o novo valor”.
Crédito: Cemig/Divulgação
Na conta de luz, a Cemig Distribuição é responsável por apenas 26%, e se destina a remunerar o investimento, cobrir a depreciação dos ativos e outros custos. Os demais 74% são utilizados para cobrir encargos setoriais (18%), tributos pagos aos Governos Federal e Estadual (21%), energia comprada (25%), encargos de transmissão (9%) e receitas irrecuperáveis (1%). A arrecadação no pagamento da fatura de energia, como taxa de iluminação pública e tributos, repassados integralmente para Prefeituras, Estado e Governo Federal.
Reportagem: Euclides Éder
