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Reprodução: Serasa

A vida a dois muitas vezes também é uma vida a três, quando as finanças entram em cena, como mostra uma pesquisa realizada pela Serasa. Os dados, extraídos de entrevistas com 1.120 pessoas de todas as regiões, trazem informações surpreendentes e preocupantes, como o índice de 53% de entrevistados que atribuem ao dinheiro a principal causa de fricções em relacionamentos amorosos. O levantamento, porém, indica um esforço mútuo para manter o diálogo financeiro em dia: 65% afirmam conversar abertamente sobre o tema com o parceiro e 58% organizam o planejamento financeiro em conjunto, uma prática que fortalece a relação e facilita o controle das finanças do casal.

Quase metade dos entrevistados (49%) já escondeu algum problema financeiro do parceiro. Tomar decisões financeiras por impulso (35%), a falta de planejamento (33%) e gastos excessivos com supérfluos (32%) geram mais conflitos. “Infelizmente, muitos casais acabam caindo nessa situação de infidelidade financeira, por vergonha de assumir suas dificuldades em lidar com o dinheiro ou pelo próprio medo de perder o parceiro. Entretanto, a realidade das finanças de cada um e as expectativas para o futuro precisa estar alinhada, para evitar conflitos e facilitar o bem-estar do casal ao construir planos para o futuro”, explica Valéria Meirelles, psicóloga do dinheiro da Serasa.

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O assunto dinheiro também já é uma preocupação no início do relacionamento, ou, em muitos casos, antes mesmo de evoluir para um compromisso sério: 24% dos entrevistados admitiram já ter investigado a situação financeira de alguém antes de se envolver romanticamente e 9% revelam ter consultado o “Serasa Score” e o CPF do possível futuro parceiro. “Dinheiro é coisa séria, pede ética, planejamento e cuidado. Por isso, é preciso ter maturidade e responsabilidade financeira também ao se relacionar com o outro. Conhecer o estilo de vida, os gostos e os gastos da pessoa amada é um passo importante para entender se existe essa compatibilidade também nas finanças”, completa Valéria Meirelles.

O impacto financeiro do relacionamento pode perdurar mesmo após o fim. Segundo a pesquisa, 41% das pessoas já tiveram o nome negativado por conta do parceiro, enquanto 45% afirmam ter contraído dívidas após o término. “Normalmente, ao emprestar um cartão ou fazer um empréstimo para o outro, a pessoa se deixa levar por uma ilusão ou por um excesso de otimismo desse mito do amor romântico. Tomar decisões impulsivas, sem planejamento, pode causar prejuízo duradouro, que ultrapassam qualquer linha de romantismo”, alerta a psicóloga. A pesquisa encomendada foi realizada pelo Instituto Opinion Box entre 19 e 22 de maio, e ouviu 1.120 pessoas, de diferentes faixas etárias e regiões.

Reportagem: Euclides Éder

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