Psicóloga revela que família é essencial para equilibrar relação de jovens com tecnologia
Imagem: Freepik
O uso das redes sociais já faz parte da rotina de crianças e adolescentes, trazendo facilidades, distração e lazer. Mas, segundo especialistas, o consumo excessivo de tecnologia pode trazer riscos ao desenvolvimento emocional e cognitivo dos jovens. A família é determinante no equlíbrio, revela a psicóloga Karinne Pires Borges, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental. Ela disse que na infância o excesso de tempo diante das telas pode prejudicar. “O uso prolongado atrapalha o desenvolvimento cognitivo, o convívio social e familiar, além de limitar a criatividade”, diz.
Na adolescência, período marcado pela busca por identidade e aceitação social, os impactos podem ser ainda mais sensíveis. “Ao se deparar com conteúdos que exibem realidades filtradas, o jovem pode reforçar inseguranças e sentimentos de inadequação. Isso aumenta a chance de desenvolver uma visão distorcida de si e levar a um desgaste emocional silencioso”, explica a profissional. Pesquisas internacionais reforçam essa preocupação: longas horas conectadas estão associadas ao maior risco de ansiedade e queda do bem-estar psicológico.
Entre os efeitos mais comuns estão a dificuldade de concentração, problemas no sono, sedentarismo e a redução da interação com amigos e familiares. Para minimizar esses prejuízos, a recomendação é estabelecer limites claros. “Nada de telas antes dos dois anos, no máximo uma hora por dia para crianças de três a cinco anos e, a partir dos seis anos, não ultrapassar duas horas diárias. Compartilhar momentos offline, incentivar esportes, leitura e brincadeiras criativas ajuda a equilibrar o uso da tecnologia e favorece o desenvolvimento”, orienta a psicóloga.
Reportagem: Euclides Éder