Médicos da FSFX reforçam formas de prevenção às doenças infecciosas
Médicos Maria do Socorro e Pedro Henrique Mendes. Foto: FSFX
Com a chegada da estação mais fria, é comum o aumento de doenças respiratórias, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com comorbidades. Os médicos: Pedro Henrique Mendes, infectologista; e Maria do Socorro Anício, pediatra; da Fundação São Francisco Xavier (FSFX) reforçam que orientações para a população levam-se a ampliar cuidado e evitam idas desnecessárias às Unidades de Saúde. Durante o outono e o inverno, há uma queda nas temperaturas e as pessoas tendem a permanecer em ambientes fechados.
“Isso facilita a disseminação de agentes virais como Influenza, Covid-19 e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Muitas vezes, essas infecções virais acabam se complicando com infecções bacterianas, como pneumonias, sinusites e otites. Lavar as mãos com frequência, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e evitar contato com outras pessoas ao apresentar sintomas são medidas fundamentais. Além disso, manter uma boa alimentação e hidratação ajudam a fortalecer o sistema imunológico”, explica o Dr. Pedro Henrique Mendes.
“O ar seco favorece o ressecamento das vias respiratórias, o que facilita a entrada do vírus. Usar umidificadores, ficar atento à limpeza de estofados, tapetes e travesseiros, que acumulam poeira e ácaros. Deixe a luz natural entrar, higienize os cobertores guardados por muito tempo e, se possível, troque os travesseiros anualmente, ou utilize capas protetoras para prolongar sua vida útil,” recomenda a médica Maria do Socorro Anício. Entre as novidades, está a vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório, na rede privada.
“Existe parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) para que essa vacina entre no SUS em breve, especialmente para as gestantes, protegendo assim os recém-nascidos, os quais são o grupo mais suscetível. A imunização em massa é um divisor de águas. Quando a maioria da população está vacinada, a gente consegue conter a cadeia de transmissão dos vírus. Isso protege principalmente os grupos mais vulneráveis, como pessoas com baixa imunidade”, comenta o infectologista da FSFX.
“Às vezes o bebê acaba de nascer e já está passeando no shopping ou em casa, recebendo várias visitas. É preciso exposição precoce, manter o calendário vacinal em dia e, claro, apostar na amamentação, que é uma proteção natural importantíssima”, enfatiza Dra. Maria. “Para casos leves, como coriza e tosse fraca, é melhor buscar uma consulta em unidades básicas ou com o médico de referência. Os serviços de urgência devem ser prioridade para quem apresenta sintomas mais graves”, conclui Dr. Pedro.
Ambos os médicos reforçam um recado importante: cuidar da própria saúde é também um ato de cuidado com o outro. “Somos seres coletivos. Quando a gente se vacina, se cuida, mantém bons hábitos de higiene e saúde, protegemos quem está ao nosso lado. E esse cuidado coletivo faz toda a diferença”, conclui Dr. Pedro. A Dra. Maria do Socorro complementa. “A prevenção é o caminho mais eficaz. E isso começa dentro de casa, com pequenos gestos, que somados fazem um grande impacto para o bem-estar de todos”, pontua a pediatra.
Reportagem: Euclides Éder