Cemig providencia a retirada de objetos presos na rede elétrica em preparação para as chuvas
Crédito: Cemig/Divulgação
Com a proximidade das chuvas, a Cemig intensifica o programa de manutenção preventiva na rede de distribuição para aumentar a resiliência do sistema elétrico. Dezenas de equipes especializadas estão mobilizadas em Minas Gerais para identificar e retirar objetos estranhos que ficam presos à fiação, sobretudo restos de pipas. Entre janeiro e setembro deste ano, quase 1400 materiais foram removidos da rede de distribuição de energia, sendo que a imensa maioria é relacionada aos papagaios.
A retirada desses materiais é essencial para evitar curto-circuito, rompimento de cabos e interrupções no fornecimento, especialmente quando começa o período chuvoso. “Estamos com equipes exclusivas para retirar materiais presos na rede. Em mais de 90% das ocorrências, são restos de pipas enroscadas nas linhas. Esse tipo de material pode conduzir eletricidade e provocar curto-circuito”, afirma o superintendente da Regional Leste da Cemig Distribuição, Rodrigo Damasceno.
A Cemig mantém campanhas educativas permanentes e reforça a orientação aos pais e responsáveis para que crianças e adolescentes não soltem pipas próximo à rede elétrica e nunca tentem retirar materiais enroscados nos cabos. “Soltar pipa é uma diversão saudável, desde que longe da rede elétrica. Se a pipa enroscar, não tente retirar. Nossas equipes são treinadas e equipadas para realizar esse trabalho com segurança,” complementa Rodrigo Damasceno.
Crédito: Cemig/Divulgação
Durante o período seco, a incidência de ventos favorece a soltura de pipas e, consequentemente, o acúmulo de materiais na rede, fator que amplia o risco com a chegada das chuvas a partir de outubro. Apesar dos alertas e campanhas educativas, entre janeiro e agosto deste ano, a Cemig registrou 2.605 ocorrências que prejudicaram o fornecimento de energia para quase 800 mil clientes. Foram 200 incidentes que resultaram na interrupção do serviço para cerca de 45 mil unidades consumidoras na área de concessão.
A companhia está investindo R$ 360 milhões em manutenção preventiva, para deixar a rede mais robusta e resiliente diante da maior severidade dos eventos climáticos. O objetivo é evitar interrupções e, quando ocorrerem, acelerar seu restabelecimento. Após meses de estiagem, costuma trazer cenário de maior risco para a rede. Esse fenômeno ocorre porque a precipitação, em contato com a poeira acumulada em cabos, isoladores e demais equipamentos, forma uma espécie de película condutiva.
A situação pode causar descargas, curto-circuito e interrupções no fornecimento. Outro fator de atenção é a presença de objetos estranhos na rede, como restos de pipas, sacolas e galhos, que se tornam ainda mais perigosos em dias chuvosos. Ao entrarem em contato com a água, esses materiais podem potencializar curtos e até provocar o rompimento de cabos. Além das ações técnicas, a companhia reforça orientações de segurança. Em caso de cabos rompidos, ligue 116 ou 193.
Reportagem: Euclides Éder