HMCC. Foto: FSFX

O mês de outubro traz consigo movimento que vai além da cor rosa. O “Outubro Rosa” é uma campanha global que busca conscientizar mulheres e famílias sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, doença que ainda é a principal causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra mais de 73 mil novos casos de câncer de mama por ano. No Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC) a fachada foi iluminada com a cor do tema, e a instituição celebra a transformação de vidas.

O oncologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Dr. Luciano Viana, reforça a importância do diagnóstico precoce no tratamento da doença. “O câncer de mama não é diferente de outros tipos, por isso quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de cura. Quando descobrimos a doença em estágio inicial, antes dela se espalhar, a mulher tem grandes possibilidades de superar esse desafio”, explica o médico. Para ele, quebrar o estigma da doença é um passo essencial. “Durante muito tempo, o câncer de mama foi sinônimo de medo e perda”, reforça o médico especialista.

Oncologista Luciano Viana. Foto: FSFX

Essa foi a realidade vivida por Camila Bredder, 38 anos, que há um ano recebeu o diagnóstico de câncer de mama. “Receber a notícia nunca é fácil. O medo, a dúvida e a incerteza tomam conta. Mas também é um chamado para agir. O tratamento feito no momento certo faz toda a diferença. Hoje estou aqui para dizer que o câncer não é uma sentença. Ele me ensinou sobre amor-próprio, fé e superação. Conhecer o corpo, fazer o autoexame, prestar atenção às mudanças e não deixar os exames em atraso são atos de coragem”, afirma a paciente da FSFX.

“Desde setembro deste ano, o Ministério da Saúde mudou sua diretriz, orientando a realização da mamografia a partir dos 40 anos, seguindo a idade já recomendada pela Sociedade Brasileira de Mastologia. Por isso, é importante estar em dia com sua mamografia. Além disso, mulheres com histórico familiar da doença devem redobrar a atenção, já que a hereditariedade aumenta os riscos. Hoje, testes genéticos já permitem identificar mutações associadas ao câncer de mama, possibilitando um acompanhamento ainda mais rigoroso”, explica o médico.

Paciente Camila Bredder e sua família. Foto: FSFX

Outro fator importante levantado pelo médico é a autorreflexão, que vai ajudar na prevenção. “Outubro é o momento de reavaliar a rotina de saúde. Estou fazendo atividade física? Estou mantendo o peso adequado? Estou evitando cigarro e álcool? Esses fatores somam na prevenção. E, claro, verificar se a mamografia está em dia. Isso pode salvar uma vida. A mulher em tratamento passa por transformações físicas e emocionais. Com acolhimento, ela percebe que não está sozinha, que pode vencer e retomar a sua vida com ainda mais força”, lembra o médico.

A instituição reforça essa mensagem ao iluminar as fachadas de suas unidades hospitalares de rosa. Mais do que um gesto estético, é um símbolo de esperança que se espalha pela comunidade. “A cura não acontece sozinha. Ela é sustentada pelo corpo, pela alma e pelo espírito. Ter fé, ter apoio e acreditar no futuro fazem toda a diferença na minha jornada”, destaca a paciente. “O papel social da FSFX é levar informação, acolhimento e cuidado. Quando iluminamos nossas unidades, queremos lembrar cada mulher da importância de se olhar”, finaliza o médico especialista.

Reportagem: Euclides Éder

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