Pesquisa da Fecomércio MG mostra a força do mercado pet
Foto: Fecomércio MG/Divulgação
Pesquisa mostra que o mercado pet em Minas Gerais tem sido impulsionado pelo crescente papel dos animais de estimação, considerados como verdadeiros membros da família. Em 2024, o setor no estado alcançou um faturamento expressivo de cerca de R$ 7,3 bilhões, o que representa aproximadamente 10% do faturamento nacional, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação. O Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG realizou uma pesquisa que traça um panorama dos pet stops em Minas Gerais, segmento fundamental para a gestão dos negócios locais.
O estudo aponta que a maioria dos pet stops (71%) opta por oferta completa, disponibilizando tanto produtos quanto serviços. A procura dos clientes está fortemente concentrada nos animais mais tradicionais: 98% da principal busca estão relacionadas a cães e 91% a gatos. “O aumento pela busca de companhia animal está transformando a relação entre humanos e pets. Com os animais de estimação se tornando membros da família, o investimento em seu bem-estar é prioridade. Vemos isso no aumento do gasto com alimentação, creche, passeadores de cães (dog walkers) e saúde”, afirma a economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins.
Os produtos mais buscados pelos clientes nos pet stops são os alimentícios, seguidos por acessórios e brinquedos. Quase a totalidade (95,8%) dos pet shops que vendem apenas produtos disponibiliza itens alimentícios para venda. No quesito serviços, o banho e tosa lidera disparada entre os serviços mais procurados. Para os estabelecimentos que trabalham exclusivamente com serviços, o banho e tosa é ofertado por 71% deles e é visto com procura alta ou regular por 71% dos clientes desse grupo, na opinião dos entrevistados. Veterinária e Saúde: 50% dos pet shops em Minas Gerais contam com atendimento veterinário.
Apenas 12% dos pet shops indicaram oferecer algum tipo de plano de saúde para pets, com o Petlove e Plamev sendo os mais citados. As vendas on-line avançam, mas o canal presencial ainda domina. 30% dos pet shops realizam vendas pela internet. Dentre os canais digitais, o WhatsApp é a ferramenta mais utilizada (66%), à frente das redes sociais (42%). Quase metade destes locais e afins (42%) estima que o gasto médio por cliente fique entre R$ 50 e R$ 100. A pesquisa revela que as grandes maiorias destes pet shops são micro e pequenas empresas, e 78% dos estabelecimentos têm até nove funcionários.
A atuação das empresas no mercado é majoritariamente de médio a longo prazo, sendo a faixa de 6 a 10 anos a mais representativa (38%). A grande maioria (89%) dos pet shops não realiza vendas de animais. Apenas 7% disponibilizam animais para venda, enquanto 10% oferecem para adoção. “Ainda que o mercado seja sólido, há margem para aprimoramento, especialmente na área de saúde e digital. Oferecer planos de saúde e ampliar a presença online, hoje limitada para a maioria, são caminhos claros para o crescimento, seguindo as novas demandas dos tutores”, conclui Gabriela Martins.
Reportagem: Euclides Éder