Pneumologista destaca conscientização, e apoio no distanciamento dos derivados do tabaco
Comemorado em 31 de maio, o “Dia Mundial Sem Tabaco”
Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1987, o “Dia Mundial Sem Tabaco” busca alertar a sociedade sobre doenças e mortes relacionadas ao tabagismo, doença que causa cerca de oito milhões de mortes ao ano. O uso da substância aumenta em mais de 50% as chances de desenvolver o câncer; A afirmação é de Bernardo da Cunha Pires, médico pneumologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX).
“O tabaco é responsável pela maioria dos casos de câncer de pulmão, e desempenha papel significativo em eventos graves como, acidentes cerebrovasculares e ataques cardíacos”, reforça o especialista. Além do câncer, mais de 50 doenças estão associadas ao tabagismo. A nicotina aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, danifica os vasos sanguíneos e promove a formação de coágulos sanguíneos.
Esses efeitos combinados podem resultar em obstruções das artérias e eventos cardiovasculares graves. A OMS considera o tabagismo fator de risco evitável, uma vez que seu uso é escolha individual. Vale ressaltar que, além do fumante, aquelas que convivem com o fumante também são diretamente afetada. Segundo Dr. Bernardo, os bebês expostos ao tabagismo passivo têm cinco vezes mais chances de morte súbita.
“As crianças enfrentam um maior risco de desenvolver bronquite, asma e pneumonia. A exposição à fumaça do cigarro aumenta em 24% a probabilidade de ter um infarto agudo do miocárdio, para aquelas que não fumam ativamente. Se você é fumante e deseja se libertar desse hábito prejudicial, busque ajuda de um pneumologista ou clínico experiente em cessação do tabagismo”, ressalta o médico pneumologista.
Observa-se avanço significativo na conscientização dos malefícios do tabaco e na implementação de medidas de controle do tabagismo. Segundo Bernardo da Cunha, grupos de apoio e orientações médicas são passos essenciais para quem deseja parar. “O cigarro cria uma dependência difícil de superar, mas se você deseja parar, se preocupa com sua saúde e com a daqueles que ama, não hesite em buscar ajuda”, finaliza o médico.
Cigarros eletrônicos
Nos últimos anos, tem-se observado cigarros eletrônicos e vapes, como alternativas para atrair as pessoas ao consumo. Novo estudo aponta que o uso frequente do aparelho por adolescentes pode aumentar o risco de exposição ao chumbo e ao urânio, prejudicando o desenvolvimento dos órgãos. Diversas substâncias identificadas nos vapes podem ser cancerígenas e causar dependência.
Reportagem: Euclides Éder