Conheça o programa Rota da Descarbonização, que aponta caminhos para mitigação de danos
Fonte: Divulgação/Instituto Estadual de Florestas (IEF)
Realizado pelo Governo de Minas, o programa Rota da Descarbonização avança na entrega de seus resultados e na definição das melhores estratégias para a descarbonização da economia de Minas Gerais. A ação coloca o Estado como referência mundial, sendo a primeira região da América Latina a aderir à campanha global Race to Zero (pela redução de emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050). O programa é desenvolvido pela Invest Minas, agência vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG).
A primeira etapa do projeto consistiu em identificar e delimitar os principais emissores de gases do efeito estufa (GEE): Transporte; Energia; Indústria e Agropecuária, Florestas e Uso da Terra. Esse estudo identificou que o grupo Agropecuária, Florestas e Uso da Terra é o responsável por 50% dos GEE. Desse número, 62,2% são de responsabilidade da pecuária, 27,2% da agricultura e 10,6% do uso de terras e florestas. O setor da Indústria vem em segundo, com 28%, sendo 50% relativos ao ferro-gusa e aço; 27% do cimento, e 4% da mineração.
“Minas vem se consolidando, nos últimos anos, como um lugar estratégico para investidores globais no Brasil. A responsabilidade com o futuro norteia nosso desenvolvimento econômico e o Rota da Descarbonização garante que os setores produtivos do estado estejam alinhados com o que há de mais moderno nos modelos de ESG”, destaca a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa. O diagnóstico listou soluções, pontuadas em potencial de mitigação, barreiras econômicas e tecnológicas.
“Minas lidera esse processo com planejamento e ações concretas, consolidando-se como referência mundial na transição para uma economia verde. Além de contribuir com o meio ambiente, iremos atrair cada vez mais investimentos focados nesta nova realidade”, garante o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga. As estratégias mais acessíveis incluem práticas de agricultura e pecuária de baixo carbono, focadas no manejo eficiente de nutrientes e melhoria genética dos rebanhos.
Soluções de desafio médio, como a integração lavoura-pecuária-florestas e o manejo adequado de fertilizantes nitrogenados, visam acelerar a transição. Já as soluções mais complexas, como o uso agrícola de biocarvão, buscam estender ainda mais as fronteiras da sustentabilidade. As estratégias que mais se destacaram foram, no caso da siderurgia, medidas para a melhoria de eficiência energética e a expansão da eletrificação e, no caso da produção de cimento, também a melhoria da eficiência energética e o uso de combustíveis alternativos.
Reportagem: Euclides Éder