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Foto: Arquivo

Visando reforçar a importância da prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), neste mês de maio, o Brasil celebra o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares, no dia 15, data instituída pela Lei Federal nº 11.723/2008. Na Fundação São Francisco Xavier (FSFX), por meio dos hospitais: Municipal Carlos Chagas (HMCC) e Márcio Cunha (HMC), esse compromisso é conduzido pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), equipe multidisciplinar que atua diretamente na prevenção, detecção e combate às infecções.

Essas infecções, principalmente as causadas por microrganismos resistentes a antimicrobianos, estão entre os eventos adversos graves em ambientes hospitalares e representam graves problemas de saúde pública. O cenário exige atenção constante e protocolos rígidos para garantir o ambiente mais seguro para pacientes e profissionais da saúde. O trabalho do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) vai além de protocolos técnicos. Considera-se esforço contínuo de vigilância, capacitação e conscientização de todas as áreas da assistência.

Leitos do HMCC. Foto: Arquivo

“O nosso foco é garantir um ambiente mais seguro e livre de infecções. Atuamos de forma estratégica e preventiva, com médicos e enfermeiros especializados, orientando rotinas, monitorando indicadores e promovendo treinamentos regulares para toda a equipe hospitalar. O paciente da UTI é mais vulnerável, pois depende de dispositivos invasivos. Por isso, uma das nossas metas é manter o tempo de uso desses dispositivos o menor possível, reduzindo assim o risco de infecção”, explica o infectologista da FSFX, Dr. Pedro Henrique Mendes.

Em 2024, mais de 1.100 colaboradores foram treinados em técnicas de higienização das mãos, e cerca de 220 profissionais da equipe de limpeza receberam capacitação. Nos Centros Cirúrgicos, há uma atenção especial ao preparo pré-operatório, com foco na limpeza da pele, no uso de antibióticos profiláticos e em práticas seguras durante os procedimentos. “Na cirurgia, rompemos a barreira natural do corpo. Qualquer descuido pode ser porta de entrada para infecções. A prevenção precisa começar muito antes da incisão”, reforça Dr. Pedro Mendes.

Dr. Pedro Mendes. Foto: FSFX

Colaboradores recém-admitidos também participam de treinamentos voltados para biossegurança e prevenção de infecções hospitalares. Com o avanço da resistência bacteriana, o desafio é ainda maior. “Além de capacitar as equipes, precisamos conter o uso indiscriminado de antibióticos. Hoje, fazemos auditoria de 100% das prescrições antimicrobianas, avaliando se estão segundo os protocolos institucionais, o tempo de uso e o espectro necessário. Essa ação tem sido fundamental para frear a multirresistente”, aponta o infectologista da FSFX.

Reportagem: Euclides Éder

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