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Crédito: Arquivo/Cemig

O furto de cabos é um problema crescente, causando prejuízos significativos para empresas, população e serviços públicos essenciais. Para evitar interrupções causadas por esse tipo de ocorrência, a Cemig concluiu, ainda na década de 2000, a substituição do cabeamento de cobre por alumínio, material que possui baixo valor de revenda. Por isso, na quase totalidade dos casos de furto de cabos, é da responsabilidade dos clientes, quando o ramal de ligação é do tipo subterrâneo (fiação que sai da rede e segue por tubulação própria, na lateral de postes).

Em caso de suspeita de furto na fiação, o cliente deve acionar a Cemig por meio do telefone 116. Equipe é enviada ao local para avaliar a situação. “Quando ocorre furto de equipamentos na rede elétrica, a companhia envia uma equipe ao local para realizar os reparos necessários na rede da Cemig e orientar os clientes em caso de possível dano em suas instalações. Dessa forma, o consumidor recebe todas as informações para contratar um eletricista particular capacitado e também providenciar a compra do material para a reposição”, afirma Vitor Lima, técnico do sistema elétrico da Cemig.

Essa prática é criminosa, inserida no art. 155 do Código Penal e pode causar acidentes graves e até fatais. “As redes elétricas não podem ser tocadas por pessoas não autorizadas. Escalar postes e torres, assim como acessar caixas de redes subterrâneas para furtar cabos, pode ter consequências graves de acidentes, inclusive fatais, para quem comete o delito. Além disso, pode causar interrupção de energia e comprometer a prestação de serviços essenciais à população, como atendimento hospitalar e controle de trânsito devido ao não funcionamento de semáforos.”, explica o especialista.

Quando é registrada uma ocorrência desta natureza, o cliente precisa acionar a distribuidora para fazer o corte para conserto, providenciar a reposição do cabeamento furtado e depois entrar em contato novamente para a religação do serviço. Em casos de ocorrência de furto, apenas a ligação do ramal subterrâneo entre a rede da Cemig e o padrão de entrada é responsabilidade da companhia, mas o cabeamento de entrada e saída do padrão, bem como os componentes da caixa de passagem e da medição (exceto o medidor) são de responsabilidade do cliente.

“É importante ressaltar que a Resolução 1000 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabelece que, a partir do ponto de entrega da distribuidora (geralmente no alto do poste), a responsabilidade é do cliente. No caso de ramais aéreos, o ponto de entrega da energia é no pontalete instalado pelo consumidor, no limite de sua propriedade, aonde o ramal que vem do poste faz conexão com os cabos do padrão de energia”, explica Vitor Lima. Nos casos em que o ramal de ligação do cliente é subterrâneo, o ponto de entrega é o ponto de conexão com a rede aérea no poste.

“Neste caso, os cabos e instalações subterrâneas são de responsabilidade do cliente, inclusive tampas das caixas subterrâneas”. Como esse é um crime frequente, é importante destacar que as forças de segurança têm trabalhado na investigação e consequente criminalização dos receptores dos cabos e equipamentos furtados. “Caso pessoas suspeitas e não autorizadas sejam flagradas entrando ou fazendo intervenções em postes e nas câmaras subterrâneas dos clientes ou da Cemig, a orientação é que a população acione a Polícia Militar pelo telefone 190”, orienta o técnico da Cemig.

Reportagem: Euclides Éder

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