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Os sensores com sistema de monitoramento contínuo da glicose têm se tornado grande aliado no controle do diabetes. Dados do Ministério da Saúde (MS), divulgados no primeiro semestre deste ano, mostram que há, aproximadamente, 600 mil pessoas portadoras de Diabete Melitus tipo 1 (DM1). Se mal controlada, a doença pode causar complicações no coração, artérias, olhos, rins e nervos. Em São Paulo, por exemplo, Projeto de Lei sancionada atenderá a crianças com DM1. No Rio de Janeiro, o foco é paciente de baixa renda. E em Belo Horizonte, será feito o fornecimento gratuito de sensores de glicose aos pacientes que moram no município e são portadores da doença crônica.

Porém, este mês, um novo passo para o acesso dos pacientes a um monitoramento mais eficiente da doença foi dado. Municípios brasileiros sancionaram projetos de lei que preveem a distribuição gratuita desta tecnologia para pacientes diabéticos.  “Os monitores contínuos, são um divisor de águas para o monitoramento da glicemia, algo que, para quem convive com a diabete e precisa fazer diariamente o controle das taxas, é extremamente relevante para manter um nível confortável de saúde. O sensor registra, inclusive, um histórico das taxas de glicose, o que é muito importante até para o médico que faz o acompanhamento dos pacientes”, explica Fernando Marinheiro, diretor Comercial da MedLevensohn.

A tecnologia dos sensores permite que os níveis de glicose sejam medidos continuamente, sem a necessidade de picadas nos dedos, com o envio dos dados para plataformas que geram relatórios do paciente, auxiliando na identificação de hipo ou hiperglicemia e a manter os níveis estáveis. “Quando eu furo o dedo, eu vejo a glicose naquele momento. Quando faço o monitoramento com o sensor, eu tenho um histórico mais completo do paciente, já que consigo ver o ‘agora’, mas também como foi o desempenho durante a madrugada, por exemplo, uma vez que ele faz a medição a cada cinco minutos, por 24h. Isso nos permite ter um gerenciamento maior da glicose do indivíduo”, informa a endocrinologista Joana Dantas.

Por serem de acesso, eficiência, conforto e praticidade, sensores são indicados para crianças e adolescentes. Este, especificamente, é um dos únicos do mercado permitido para uso em crianças a partir dos dois anos. Os pequenos são os que mais sofrem com o monitoramento tradicional. “Isso facilita bastante o controle em crianças e adolescentes, pois é possível que até 50 pessoas tenham acesso aos dados gerados pelo sensor e transmitidos para o aplicativo Aidex. Ou seja, pais, mães e responsáveis podem realizar este controle e, até mesmo, o médico que faz o acompanhamento, para um diagnóstico e prescrição de alimentação e medicamentos ainda mais assertivos”, completa Fernando Marinheiro.

Crianças já têm feito o uso de sensores de monitoramento, como Pietra do Amaral Pereira Rossi, de 12 anos, diagnosticada com DM1 há um pouco mais de um ano. A estudante destaca que a adoção das novas tecnologias que facilitam o monitoramento da glicose a auxiliou na manutenção da rotina e ela encontrou o conforto necessário para conviver com a doença de uma forma menos incômoda. “O sensor Smart me auxilia bastante, como, por exemplo, no tempo que preciso esperar para comer depois que apliquei a insulina, ou mesmo quanto de carboidrato preciso comer para sair de uma hipoglicemia, ou quanto comer para não entrar em uma hipoglicemia”, destaca a adolescente.

Reportagem: Euclides Éder

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