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Primeiro livro da itabirana será lançado dia 31 de outubro

Maíra Baldaia lança em sua terra natal, o seu livro de estreia “A Mulher e as Águas do Tempo”, integrando a programação da 5ª edição do Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira), dia 31 de outubro, às 19h, coincidentemente, data de aniversário de Carlos Drummond de Andrade, seu conterrâneo mais ilustre. A multiartista definiu a data como um acontecimento de responsabilidade, presente e oportunidade ímpar para poder retornar à sua terra, apresentando a obra composta por três atos: coletânea de poemas passados, presentes, futuros; peça teatral; e artigo.

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“Uma alegria imensa, presente do acaso que creio não existir, lanço meu livro exatamente no dia do nascimento do nosso poeta maior”, disse Maíra Baldaia. Ela vem se destacando como uma das artistas de maior destaque, multifacetadas e plural. Ela é atriz, tamborzeira, musicista, cantora, compositora, dramaturga, diretora, roteirista, cineasta, artista plástica e profissional de marketing cultural. A itabirana já subiu aos palcos nos Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Portugal, com álbuns musicais nas principais plataformas, lança dia seis de novembro, o novo trabalho: OBI 2.0.

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No dia 23, o pré-lançamento aconteceu na Escola Estadual Doutor Costa em Santa Maria. “Não foi por acaso que fui vestida com a blusa que os alunos do cursinho EducAfro 2020 fizeram com a letra da minha música para prestar o Enem, e não foi por acaso que o livro nasceu primeiro em uma escola, local onde as palavras e as cores me foram apresentadas pela primeira vez. É, claro, que eu chorei ao ver todos aqueles olhos cheios de mundos para percorrer, segurando um pedacinho do meu coração. Há onze anos, comecei a escrever alguns poemas, a contar algumas histórias”, conta Maira Baldaia.

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O projeto foi viabilizado através do edital “Minas Literária”, e se desenvolve na fronteira entre a dramaturgia feminina e a poesia ou palavra que vem antes do palco ou da vida. O livro é composto por coletânea, se propõe a refletir sobre os lugares de protagonismo feminino, a mergulhar em seus universos diversos, suas discussões, seus sentimentos e multiplicidades da sua criação. “Essas vozes são inspiradas nos relatos orais das mulheres da minha família, bem como em minhas próprias vivências, que originaram os textos e poemas publicados no meu blog (acesse clicando aqui)”, afirma a multiartista.

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“Desde 2009, venho reunindo no meu blog poesia, textos e letras de músicas. Ao longo dos anos, experimentei pinceladas desse material poético em momentos performáticos em meus shows ou em trabalhos cênicos, chegando ao momento de ver a palavra ganhando novas experiências e roupagens, e ganhar corpo em livro,” conta a autora. Ao longo do tempo, suas lutas têm se manifestado por meio de um feminismo íntimo, muitas vezes não reconhecido como tal, mas presente nas entrelinhas do cotidiano, tornando-se uma fonte de inspiração para outras mulheres.

Reportagem: Euclides Éder