Eduardo Bartolomeo. Crédito: FII Institute

A Vale participou nesta terça (11) e quarta-feira (12), no Rio de Janeiro (RJ), da primeira edição latino-americana do FII Priority Summit, evento realizado pelo FII Institute para discutir como o investimento em transição ecológica, tecnologia, inovação e inclusão social pode construir uma nova ordem global que priorize a dignidade para todos. A empresa apresentou sua estratégia para acelerar a transição energética e a descarbonização do planeta. O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, participou, com pares da indústria, de um painel sobre a geoeconomia da mineração e dos recursos críticos. Ele contou como o minério de ferro de alta qualidade produzido pela empresa pode apoiar a descarbonização do setor siderúrgico, responsável por cerca de 8% das emissões mundiais, e citou o exemplo dos Mega Hubs, complexos industriais desenvolvidos pela Vale com parceiros para a produção de metálicos de baixa emissão de carbono.

“Os Mega Hubs são uma solução para os siderurgistas descarbonizarem. A siderurgia é um setor de difícil abatimento, que precisa de produtos metálicos. Estamos indo atrás da energia competitiva no Oriente Médio, nos EUA e, é claro, no Brasil, onde temos minério de ferro e potencial para sermos ‘a Arábia Saudita do hidrogênio. O Brasil tem as mesmas possibilidades (de liderar a descarbonização) porque temos a melhor matriz elétrica do mundo e, quando tivermos hidrogênio a um preço competitivo, seremos uma superpotência”, afirmou Eduardo Bartolomeo. A Vale já anunciou três Mega Hubs no Oriente Médio (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Omã) e assinou acordos para estudar o desenvolvimento do mesmo modelo no Brasil. Nos Mega Hubs, a empresa irá produzir briquetes, aglomerados de minério de ferro de baixa emissão de carbono, que serão usados como insumo para a produção de metálicos.

Crédito: FII Institute

O tema de como as energias renováveis conduzirão a transição ecológica também foi destaque no evento. O vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Gustavo Pimenta, participou de um debate sobre o assunto com atores do setor de energia. “Nossa história é sobre como descarbonizar um dos setores mais difíceis. E nós abraçamos esse desafio”, afirmou Pimenta. “Estou otimista, acho que conseguiremos fazer a transição e encaminhar um dos assuntos mais relevantes da nossa geração. A questão é o ritmo dessa mudança, que vai depender da trajetória econômica das novas tecnologias,” aponta o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores. Gustavo Pimenta também destacou as iniciativas da Vale para a descarbonização das operações e citou o exemplo da substituição do diesel nos caminhões e trens por alternativas mais sustentáveis, como os veículos movidos a etanol ou a eletricidade.

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