“Nosso Lar”. Crédito: Divulgação

Representantes da Prefeitura de Itabira e da Associação de Proteção a Infância Nosso Lar, se reuniram para tratar da greve, nas três unidades. O município reiterou que seguirá a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com reajuste de 5,7%, e propôs a discussão de pauta futura, que incorpore as reivindicações adicionais, ao orçamento de 2025, para todas as creches conveniadas. O Poder Executivo solicitou o fim do movimento. Informando já ter um plano para absorver o serviço de maneira direta, a partir do retorno do recesso escolar, em agosto, caso seja necessário o rompimento do contrato. A posição se sustenta na legalidade, responsabilidade fiscal e isonomia. O movimento grevista reivindica pautas que extrapolam o que sustenta o contrato entre as partes.

A greve continua, e a decisão foi dos empregados. A direção se propôs para ser interlocutora das tratativas, diz comunicado oficial da instituição. “É muito triste chegar ao limite, e ter que fazer greve, pra ser ouvida. Houve reunião com o Ministério Público, e nos falaram que, se não tivesse criança, o contrato seria rescindido, e as colocariam em outras unidades, além de não poder mais atender o município, por cinco anos. Intransigência, porque nós pedimos contraproposta. O Sindicato foi comunicado, e eles estão resolvendo. A maioria de nossos funcionários recebe salário mínimo, desde janeiro de 2023. O aumento concedido pela CCT, não chega ao salário mínimo,” disse a coordenadora administrativa, Maria Bonifácia Gonçalves Barbosa “Margô”.

“Toda assistência social, necessita de empregados bem preparados, instituídos e remunerados, a fim de que, estas crianças sejam adequadamente acolhidas. Seus empregados, à vários anos, vem sofrendo defasagem salarial, se comparados com funções idênticas de monitores e auxiliares de creche. Isso tem impactado a assistência satisfatória. Faltam candidatos para os cargos e há constantes pedidos de demissão. Diante da lamentável situação vivida a mais de um ano,  tem-se tentado em vão, repor a perdas salariais, não viram saída a entrar em greve, por tempo indeterminado. A greve não se trata de um movimento político, é legal, caso contrário teria sido proibida pelo Poder Judiciário, e foi decidida exclusivamente por empregados,” justifica a nota.

Nesta quinta-feira (11), a instituição emitiu comunicado. “A Associação de Proteção a Infância Nosso Lar com 47 anos de fundação, como entidade filantrópica, cuja diretoria é composta por voluntários oriundos das Casas Espíritas de Itabira. Tendo assim como princípios basilares a assistência cristã, ética, moral e educacional de crianças, bem como prestação de serviço social, sem que exista qualquer ideologia religiosa e ou vínculo político. Que lhe permite manter convênio cujo objeto é o acolhimento, em tempo integral, sem prejuízo, de uma alimentação saudável, local seguro e de instrução pedagógica adequada, para crianças de seis meses até quatro anos incompletos, a fim de que seus respectivos familiares possam trabalhar,” cita um trecho do comunicado oficial.

Reportagem: Euclides Éder

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