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O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) publicou nota em suas redes sociais, clique aqui e veja, manifestando repúdio ao suposto ato de homofobia, ocorrido durante uma das festas da Semana Federal, evento realizado no Bar Cultural do Diretório Acadêmico (DA) da Unifei, semana passada, dia 11 de setembro. Segundo a publicação, um dos coordenadores do órgão, tentou evitar atrito e foi alvo de ofensas homofóbicas, e palavras de baixo calão, inclusive agressão física. A Unifei convocou coletiva de imprensa, nesta terça-feira (17), para explicar todo o processo, acerca do episódio.

“Ainda não sabemos se foi assédio moral, ou não. Em geral, as pessoas já tratam como se fosse. Poderia ser caso da falta de humanidade, que é uma grosseria feita pela pessoa, ou então até, abuso de autoridade, porque o professor na sala de aula é autoridade. Temos que ver claramente. Em todos os três casos, deve haver punição, caso seja comprovado. E o tipo de atitude a ser tomada pela administração, que não cessa apenas na condição do eventual culpado. Temos que ver todo o processo, e o que levou a chegar nesse ponto,” disse Paulo Waki, chefe de gabinete da Unifei, relator e membro da comissão que investiga o caso.

A falta de humanidade é caracterizada por crueldade, barbaridade e ações desumanas. “Nós temos que dirigir o processo como um todo. Se for falta de humanidade, o remédio é um e o tratamento, outro. Se for assédio, algo mais continuado, pode se chegar realmente a suspensão do agente causador.  Pode, conforme a situação, ser apenas uma advertência. Mas, a punição haverá. Tudo isso tem que ser feito em um processo muito claro, documentado, se não for, pode acabar, inclusive, com processo do suposto assediador, contra a instituição, por não ter feito exatamente a coisa correta,” argumenta o dirigente acadêmico.

O reitor avaliou que, a publicidade do caso, pode aumentar o quantitativo de denúncias, e principalmente mostrar que ações punitivas, desincentivam fatos semelhantes. “Com certeza. A gente seguiu o fluxograma, que está disponível para que todos possam ver e acompanhar. No site da Unifei, essa política está disponível. E é o que a gente quer! Que as pessoas entendam que não é admissível ações deste tipo. Então, uma ação rigorosa, não só para esse caso, mas para qualquer um que venha ser identificado. É importantíssimo para desestimular que ações venham a ocorrer no futuro,” reintera o professor Edson Bortoni.

“Atualmente, há o procedimento bastante claro, e dentro dele, as próprias denúncias estão surgindo. É fato que, nada será jogado para baixo do tapete. Haja visto, um exemplo de algum tempo atrás, em Itabira. Um diretor de campus, desistiu do seu cargo, e nada sofreu. Logo em seguida, outro diretor desistiu, e sofreu processo administrativo. Ou seja, uma pessoa trata de um jeito, para outra tratar diferente. Temos uma política atualmente, em que, as formas de tratamento são iguais para todas as denúncias” acrescenta o professor Cleber Gonçalves Júnior, do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA).

Reportagem: Euclides Éder

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