Projeto de extensão da Unifei “Equipe Ex Machina” ganha destaque acadêmico
Foto: Ex Machina
O Ex Machina, projeto de extensão da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) que está sob a coordenação do professor José Alberto Ferreira Filho, do Instituto de Engenharia de Sistemas e Tecnologias da Informação (IESTI), desenvolve dispositivos, técnicas e processos para o aumento da performance humana. O objetivo principal é a melhoria da qualidade de vida de pessoas com algum tipo de deficiência física, tentando devolver a elas algumas das funções básicas do corpo humano com a elaboração de dispositivos, técnicas e processos para reinserção na sociedade; buscando sempre inovar; trazendo tecnologias que melhor se adaptam às pessoas e especializando-se na confecção de próteses de membros superiores a partir de impressão em modelo 3D.
A subequipe criou nova prótese de mão biônica, agora em um modelo mais anatômico. Foram utilizados filamentos flexíveis, o que tornou o movimento mais amplo. Outra mudança é em relação aos motores que agora são mais fortes e compactos e localizam-se na palma da mão. Também foi desenvolvido pela subequipe de Mecânica uma prótese para membro inferior totalmente impressa em 3D e contando com a presença de um sistema de suspensão e de molas para evitar o impacto nas articulações. Cada prótese será feita sob medida, pois a rotina de cada pessoa cria necessidades específicas na prótese. Foi desenvolvida ainda e impressa pela subequipe uma prótese específica, para canoagem. Ela é colocada no braço e, na parte que substitui a mão, é preso o remo.
Toda a parte elétrica da prótese da mão biônica está sendo trabalhada, pela subequipe de Eletrônica, com novos motores DC, filtros, fontes, amplificadores operacionais e softwares de design de circuitos impressos, a fim de obter uma prótese biônica de baixo custo. Além disso, a subequipe está trabalhando em melhorias por toda parte de captação de sinais corporais. Na antiga prótese, eram usados servomotores, que se estragavam com muita facilidade e não eram tão eficientes. Optou-se, então, por usar na nova prótese motores DC, que, além de melhores, tem um ótimo custo benefício. Os servomotores são complexos e caros, mas oferecem controle preciso de posição, velocidade e aceleração, sendo ideais para aplicações de alta precisão. Já os motores DC são simples, econômicos e podem ser usados onde o controle preciso de posição.
Reportagem: Euclides Éder