Itabira promove conscientização sobre a vacinação do rebanho contra a raiva animal

A Secretaria Municipal de Agricultura e Segurança Alimentar (SMASA) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), escritório seccional de Itabira, conscientizam a população sobre a necessidade de imunizar o rebanho da raiva animal, zoonose que pode ser transmitida para humanos, e fatal para os animais, causando perdas de rebanho. Duas doses custam R$ 4 em média, e o bezerro é negociado em média por R$ 2 mil (Nelore), à cabeça. A vacinação é a principal forma de prevenção, desde que haja conservação e manejo conforme as recomendações veterinárias: temperatura entre dois e oito graus, usar sempre recipiente térmico com espessura de 1,5cm com ¾ de seu volume com gelo, substituído sempre que derreter, transporte lacrado, conservado em refrigeradores fora do freezer, e sem a tampa. O manejo é considerado simples, realizado sem a presença de médico veterinário.
Terezinha Bethônico. Foto: Câmara de Itabira
“É necessário ter organização, e logística na compra da vacina. Essa parceria com o IMA é no sentido de ampliar a vigilância. Levamos aos produtores a conscientização sobre essa imunização do rebanho, mantendo-se o cadastro atualizado, além de manter as boas práticas de manejo”, disse Terezinha Bethônico, gestora da SMASA. Agentes de Saúde receberão capacitação e dias de campo serão também organizados para ampliar a divulgação. Entre outubro de 2023 e 2024, foram três casos de raiva notificados na região. Nos últimos seis meses, foram dez notificações, quatro delas identificadas e orientadas como proceder. Nos demais seis casos, não foram apuradas as propriedades. Segundo o chefe do escritório local do IMA, Nissan Félix, seis exemplares estavam visivelmente com sintomas neurológicos pelo vídeo encaminhado, sem, no entanto, informar a origem, por receio de sansões.
Raiva Animal com dez casos sob investigação
A recomendação é imunizar todos os herbívoros e repetir com a dose no prazo de 30 dias, para cobertura aproximada de 99% como vacinação efetiva. “Neste momento, o foco é sanear o problema, preocupar-se com a doença e obedecer aos protocolos necessários para interromper essa propagação,” destaca o porta-voz do IMA. A aplicação errada do medicamento veterinário implica em causar falsa sensação de imunização, sendo necessárias medidas apropriadas de transporte e aplicação, sobretudo mantendo a temperatura de no máximo oito graus. O IMA de Itabira atende também as cidades de Bom Jesus do Amparo, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Catas Altas, e atualmente Mariana e Ouro Preto. O setor agropecuário é o segundo com maior aporte na economia local, devido ao gado de corte e leite, além de equinos (Mangalarga Marchador). A vacinação ocorre em todos os 12 meses do ano.
Reportagem: Euclides Éder