Por medida preventiva, vacinação antirrábica é antecipada em Itabira
Fonte: Prefeitura de Itabira
Diante da confirmação de quatro focos de raiva em bovinos na zona rural de Itabira, a Secretaria Municipal de Agricultura e Segurança Alimentar (SMASA) e o escritório-seccional do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) orientam os produtores rurais que antecipem a vacinação antirrábica. Normalmente realizada de maio a junho, a imunização deve ser aplicada quanto antes, devido às ocorrências recentes e à necessidade de conter a disseminação da doença. Os casos confirmados passaram por atendimento do IMA de Itabira e apresentaram diagnóstico laboratorial positivo para raiva, sendo todos devidamente saneados.
Outros seis casos foram relatados por meio de vídeos enviados por produtores, nos quais, os animais apresentavam sinais clínicos compatíveis. Esses bovinos não tiveram material encefálico coletado para exames laboratoriais, impossibilitando a confirmação. Especialistas alertam que há indícios de que mais focos de raiva possam estar presentes no município, mas não foram notificados ao IMA. A raiva é uma doença viral fatal, que tem como característica o acometimento do sistema nervoso central, afeta mamíferos, incluindo bovinos e até seres humanos, transmitida principalmente por morcegos infectados.
Fonte: Prefeitura de Itabira
A evolução da doença é letal, provocando a morte em 100% dos casos, e é uma das principais zoonoses em saúde pública. A principal medida de prevenção é a vacinação dos rebanhos. Com a antecipação da campanha, o IMA reforça a importância da imunização imediata e da notificação de qualquer suspeita da doença. É determinante que os produtores monitorem propriedades e comuniquem qualquer comportamento anormal. A doença pode oferecer risco também para os produtores que tiverem contato com a saliva do animal infectado. Os principais sintomas da doença podem ser facilmente identificados.
Se o animal tiver cambaleante, dificuldade para beber água, agressividade, apatia e perda de apetite, além da salivação abundante e viscosa. Ao menor sinal, o médico veterinário precisa ser avisado e o produtor deve procurar o IMA. “A primeira dose da vacina antirrábica deverá ser aplicada em todos os herbívoros, de todas as propriedades do município, independente da idade. Bovinos, bubalinos, equinos, asininos, muares, caprinos e ovinos devem receber a primeira dose quanto antes e o produtor deverá aplicar a dose de reforço em 30 dias”, afirma o médico veterinário, e chefe do escritório-seccional do IMA, Nissan Félix.
Fonte: Prefeitura de Itabira
A vacinação contra a raiva em bovinos é feita com uma dose de vacina inativada, seguida de um reforço. A vacina pode ser administrada por via subcutânea ou intramuscular e o próprio produtor pode fazer a imunização. É recomendada em áreas onde há casos confirmados da ocorrência da doença e também em áreas onde estejam presentes o morcego hematófobo transmissor (Desmodus rotundus). A mesma vacina pode ser aplicada em bovinos, equinos, ovinos e caprinos, que deve ser mantida sob a refrigeração entre 2° Celsius (C) e 8 °C. Vale lembrar que antes da aplicação o frasco deve ser agitado.
A imunização ocorre em duas etapas, com intervalo de 30 dias, e depois a dose deve ser repetida anualmente. Ainda, é importante não vacinar animais doentes, debilitados ou que estiverem sob estresse extremo. A vacina precisa ser conservada entre 2º e 8º graus, inclusive durante as atividades de campo, e não pode ser congelada. No momento da compra, a vacina deve ser acondicionada em embalagem térmica com 2/3 de gelo. Os técnicos do IMA orientam, ainda, que os animais sejam vacinados no mesmo dia da compra, caso não seja possível, a imunização deve ser feita na manhã do dia seguinte. O produtor deve utilizar a geladeira para manter o insumo.
Foto: Arquivo
Para tal, algumas observações devem ser seguidas: preferencialmente armazenar na última prateleira e dentro de caixa térmica, sem a tampa e com gelo. Caso ocorra acúmulo de água pelo derretimento, o líquido deve ser retirado e o recipiente completado com mais gelo. Para manter a temperatura ideal, inclusive durante a aplicação da vacina, é preciso retirar apenas a dose necessária por animal e os demais frascos permanecem no gelo. Para informações adicionais, os produtores devem procurar o IMA ou um médico veterinário. A doença é grave e proteger os rebanhos e a população é regra.
Reportagem: Euclides Éder