Praça do Campestre receberá mostra de obras das culturas indígenas e afro-brasileiras
Crédito: HB Audiovisual
A exposição itinerante “Oriará – Arte e Educação em Movimento”, realizada pelo Memorial Minas Gerais Vale chega a Itabira, com obras de artistas negros e indígenas. A mostra será inaugurada quinta-feira (24), na praça Vereador José Máximo Resende Filho, no bairro Campestre, propondo reflexões sobre oralidade, território, linguagem, tecnologias e bem-viver, numa carreta de 15m de comprimento, especialmente adaptada para o transporte e a exibição das obras. Além da Itabira, “Oriará” já passou por Belo Horizonte, Congonhas, Jaíba e Curvelo. São Gonçalo do Rio Abaixo, Barão de Cocais, Brumadinho, e Nova Lima também receberão o evento. As visitas podem ser feitas até quatro de maio, de terça a sexta-feira, das 8h às 16h, e aos sábados e domingos, entre 10h e 18h.
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A mostra utiliza a arte como ferramenta de diálogo e encontro, buscando aproximar o público de perspectivas importantes sobre a história coletiva e das múltiplas heranças culturais indígenas e afro-brasileiras em três eixos: (Re)existências, Cotidianos e Futuros. “O Memorial Vale acumula em sua trajetória muitas experiências e práticas que privilegiam as tecnologias e as histórias dos povos originários e afro-brasileiros no território mineiro, como a exposição itinerante Africanidades e Mineiridades, ações com aldeia indígena Katurãma dos povos Pataxó e Pataxó Hã hã Hãe, a instalação educativa Sementes da Diáspora, dentre outras. A exposição Oriará oferece uma oportunidade única de conhecer a produção artística contemporânea mineira”, explica Wagner Tameirão, gestor do Memorial Vale.
Crédito: HB Audiovisual
Antes mesmo da abertura oficial, as atividades começam com o Encontro com Professores, nesta segunda-feira (14), formação voltada para a rede pública e privada. O objetivo é criar pontes entre a exposição e o cotidiano escolar, estimulando a troca de experiências e a utilização de práticas educativas que dialoguem com os eixos curatoriais. O Centro Universitário Una e o Colégio Municipal Professora Didi Andrade, recebem os eventos, até o dia 25 de abril. No Campestre, oficinas, visitas mediadas e apresentações artísticas. Destaque para as Visitas Brincantes, voltadas às famílias das crianças, que transformam a experiência da visita em uma divertida viagem pelas culturas negras e indígenas. Também para o público familiar, a Oficina de Máscaras Afrofuturistas, nos dias 26, 27 de abril e três de maio, às 14h.
Crédito: Festim
No campo das expressões corporais e das tradições brasileiras, a oficina de capoeira com o contramestre Guayamum será realizada no dia 26 de abril, às 11h. A atividade contempla a musicalidade, a história e os fundamentos da capoeira, promovendo vivências práticas e abertas a iniciantes. A programação conta ainda com o espetáculo teatral “Dois à Espera”, do Coletivo Viravoltear, que será apresentado no dia 27 de abril, às 16h. Inspirada no universo do absurdo, a montagem propõe reflexões poéticas sobre o tempo, o vazio e a esperança. Dia 3 de maio, duas atrações: às 11h, a Guarda de Marujos Nossa Senhora do Rosário apresenta a Marujada, e às 16h, o coletivo Festim realiza a intervenção poética “Assalto a Mão Letrada”, com leituras de textos autorais e de Drummond.
Reportagem: Euclides Éder