“Família Acolhedora” busca interessados em acolher crianças e adolescentes
Arte: Prefeitura de Itabira
Neste sábado (31) é celebrado o Dia Mundial do Acolhimento Familiar. Aproveitando o simbolismo da data, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), reforça a importância do serviço “Família Acolhedora” que recebe no seio familiar, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e são afastadas pela justiça das famílias de origem. A ação visa convidar a população para se cadastrar.
O serviço é realidade em Itabira, para ofertar proteção temporária para crianças e adolescentes em situação de risco pessoal ou social, afastados de suas famílias por medida protetiva expedida pelo Poder Judiciário. Quando isso ocorre, em lugar do encaminhamento para abrigos institucionais, como as “Casas-lares”, podem ser acolhidas por famílias previamente cadastradas, capacitadas e acompanhadas pela equipe técnica do serviço.
Atualmente, a cidade conta com poucas famílias aptas para recebem os jovens. A SMAS busca aumentar o número de interessados, para que o município possa dar prioridade ao acolhimento familiar, em detrimento ao institucional. O procedimento é acompanhado por capacitação da família que se disponibiliza em receber a criança ou adolescente. Ser uma Família Acolhedora vai além da solidariedade, é ato de responsabilidade.
Andreza Figueiredo. Foto: Divulgação/ Prefeitura de Itabira
A atitude reforça o compromisso ético e cuidado emocional, que pode transformar vidas, de quem acolhe, quanto dos jovens recebidos. O procedimento é temporário, mas o impacto é para a vida toda. É no ambiente familiar efetivo que a criança ou adolescente encontra segurança, apoio e a chance de se desenvolver de forma saudável. São comuns os casos onde os acolhidos tornam-se círculo de amizade das famílias que os recebeu.
“A gente vai orientar, informar, acompanhar de perto, para ver se a família realmente está disposta a acolher. Se passou pelo processo de formação e análise documental a gente vai habilitar essa família e informar ao judiciário que a família está apta, aí entra para o banco de dados”, explica a coordenadora do serviço, Andreza Figueiredo. A família de origem passa por acompanhamento para que a situação familiar seja reorganizada.
Quando o retorno para a família de origem não é possível, a criança ou adolescente serão encaminhados para a adoção. Qualquer pessoa ou família residente em Itabira, com idade acima de 21 anos, pode se inscrever no programa, desde que atenda aos critérios estabelecidos: disponibilidade emocional e tempo para o cuidado, além de comprovar que tem condições emocionais e físicas. É necessário não ter antecedentes criminais.
Arte: Prefeitura de Itabira
O procedimento não tem relação com processo de adoção, por isso, se exige dos cadastrados no serviço, demonstrar de forma clara que não há esse interesse, e assim, não estar inscrito no cadastro nacional e internacional. Ainda se faz necessária comprovação de residência fixa que apresente condições para o cuidado dos jovens, ser submetido a entrevistas, visitas domiciliares e capacitação oferecida pela equipe técnica.
As famílias recebem apoio financeiro para auxiliar nos custos. “Neste Dia Mundial do Acolhimento Familiar, Itabira faz chamado para a população abrir sua casa e o coração para acolher quem mais precisa,” cita nota da Prefeitura de Itabira. O local de cadastro é na avenida Carlos de Paula Andrade, 135 A, Centro. Contatos, pelo telefone 31-3839-2812 ou o email: familiaac.smas@itabira.mg.gov.br.
Reportagem: Euclides Éder