Unidades clinicas tem identificado a camoanha “Outubro Rosa”

A Fundação São Francisco Xavier (FSFS), que administra o Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC) em Itabira, faz o alerta para medidas de prevenção e superação no combate ao câncer de mama, considerando o “Outubro Rosa”. Nesta campanha, o Hospital Márcio Cunha (HMC), sob a gestão da FSFX, referência no atendimento a pacientes com essa enfermidade, para 1,6 milhão de habitantes do Vale do Aço e do Nordeste de Minas, através de sua unidade oncológica. Neste mês, suas unidades se ‘vestem’ de rosa, em celebração ao período voltado para se aprofundar no tema, marco de conscientização sobre as melhores práticas de prevenção a este câncer.

Durante todo o ano, milhares de pessoas de 87 municípios são tratadas na unidade, sendo mais de 80% dos atendimentos destinados aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Como forma de prevenção, os profissionais do HMC, a ginecologista Débora Schittini, e o mastologista Ubirajara Alves, trazem orientações e informações relevantes, reforçando que a prevenção é o melhor tratamento. Este tipo de câncer é o mais acomete as mulheres. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que, até o final de 2024, mais de 73 mil novos casos serão diagnosticados no Brasil, com uma taxa superior a 66 casos para cada 100 mil mulheres.

Ginecologista Débora Schittini. Fonte: FSFX

Os dados ainda reforçam que, em homens, a taxa de incidência é de apenas 1%. A ginecologista alerta que, durante as consultas de rotina, a mulher não deve se envergonhar e deve conversar com o profissional sobre qualquer anormalidade notada em seu corpo. “Durante as consultas, é preciso falar sobre as queixas nas mamas e permitir que o médico faça o exame físico das mamas através da palpação. Além disso, será avaliado o histórico familiar, se há algum fator de risco aumentado para o câncer de mama e os exames de rastreamento serão solicitados de acordo com a faixa etária e com a indicação de cada caso”, orienta a ginecologista Débora Schittini.

Segundo o mastologista, Dr. Ubirajara Alves, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SNM) recomenda que, em mulheres a partir dos 40 anos e com risco habitual de desenvolver a doença, o rastreio seja realizado anualmente. “Temos visto cada vez mais pacientes jovens com câncer de mama. Por isso, a importância da detecção precoce, pois possibilita um tratamento mais efetivo. O exame mais comum para esse rastreamento é a mamografia. Quando feito anualmente, contribui para a redução da mortalidade, pois detecta a doença em fase inicial e possibilita um tratamento mais efetivo.”, explica o especialista da FSFX, Dr. Ubirajara Alves.

Mastologista Ubirajara Alves. Fonte: FSFX

“O ideal é que a paciente tenha controle do peso corporal, pratique atividades físicas, reduza o consumo de alimentos ultraprocessados e conservantes e não faça o uso de tabaco”, reforça Dra. Débora. “Entre os principais sinais temos a palpação de nódulos, evidência de retração da pele mamária, visível ao se olhar no espelho. É possível observar mudanças na pele, como hiperemia e descamação na região areolar. A dor, embora seja um sintoma menos frequente nos estágios iniciais, pode surgir em fases mais avançadas, geralmente devido à compressão causada pelo nódulo, em função do tamanho aumentado”, relata o médico mastologista do HMC.

Reportagem: Euclides Éder

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