Umidade e calor, com negligência da população, indicam nova explosão de casos de dengue
Fabiana Machado, secretária de saúde de Itabira, e Maurício Marques, direitor da GRS. Crédito: Flávio Augusto Ribeiro Samuel
O registro de dois óbitos por complicações da dengue no primeiro mês do ano, em Minas Gerais, acendeu o alerta para o risco de nova epidemia desta doença no Estado. Há ainda outros seis óbitos em investigação, totalizando 12.485 casos suspeitos da contaminação, apenas em janeiro, e 3.810 casos confirmados. As informações foram divulgadas dia 27 de janeiro. Embora apareça no boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) com apenas um caso registrado, Itabira não está imune ao risco.
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“Uma nova explosão da doença deverá acontecer em dois ou três meses”, previu o diretor da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, Maurício Marques. A afirmativa foi feita com base nas condições climáticas e hábitos da população. Maurício Marques ressaltou que o maior problema da dengue ainda é relacionado ao comportamento das pessoas. “Não temos como controlar essa questão”, disse, apontando para as inúmeras campanhas de conscientização realizadas ao longo dos anos para conscientizar sobre os cuidados necessários de combate ao Aedes aegypti.
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As medidas já foram amplamente divulgadas e ensinadas, entretanto, todo ano o problema se repete. O resultado é a concentração de focos do mosquito nos domicílios, o que aponta negligência por parte da população, com os cuidados básicos de prevenção. O gestor da GRS, alerta para a necessidade de esforço conjunto entre serviço público e população para a diminuição da propagação do vírus. “Se as pessoas não se conscientizarem, não tem como diminuir os focos da doença. É fundamental que as medidas de prevenção tomadas pelo serviço público sejam aliadas à mobilização e participação das pessoas”, disse Maurício Marques.
O gestor da GRS lembrou que, a melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando águas armazenadas que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, poças de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas. Tem também a vacina contra a dengue. Mas ela está escassa e a maioria dos municípios não recebeu o imunizante ou estão recebendo em quantidade reduzida. Levantamento indica que, maioria dos criatórios fica no perímetro da residência,
Reportagem: Euclides Éder