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Pressão alta. Imagem: Freepik

Celebrado no próximo sábado (26) o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão faz alerta na conscientização da população sobre a identificação dessa doença silenciosa. mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos. Estima-se que cerca de 28% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26% tem hipertensão.

Os dados são do levantamento do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas. “A pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo,” revela o médico da Família e Comunidade, Pedro Pina.

O especialista explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, acrescentando que o diagnóstico preciso deve ser feito considerando fatores de risco e condições clínicas.

A pressão alta pode ter diversas causas: fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais. Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa.

Dores de cabeça, tontura, mal-estar, visão embaçada associadas à dores e falta de ar devem ser observados. “Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa o médico.

Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua o médico. Para o diagnóstico é necessária à aferição da pressão em diferentes momentos.

Em alguns casos, a solicitação de exames complementares, como as monitorizações, ambulatorial da pressão arterial e/ou residencial da pressão arterial, podem ser solicitados pelo médico. “O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão estão em reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados.

Itens ricos em sódio, como refrigerantes devem ser evitados. E adaptar a rotina prática de atividades físicas regulares para manter o peso saudável, controlar o estresse, e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas, e tomar os remédios prescritos, depois de avaliação do especialista. Pelo menos uma vez ao ano, em caso de pessoas sem histórico familiar, devem passar pelo monitoramento de pressão arterial.

Reportagem: Euclides Éder

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