Saiba como funciona o atendimento no HMCC, a pacientes com glaucoma
Foto: Arquivo. Crédito: FSFX
Nesta segunda-feira (26) é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, data para alertar sobre a doença ocular que, de forma silenciosa, pode comprometer seriamente a visão e até levar à cegueira. O médico especialista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Dr. Silas Machado Franco, reforça a importância da orientação especializada, para o diagnóstico precoce e da prevenção. O profissional explica que, o glaucoma é uma doença que afeta o nervo óptico, responsável por levar as imagens dos olhos até o cérebro. O Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC), atende pacientes com a enfermidade.
A Unidade Hospitalar administrada pela FSFX mantém atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e oferece o “Programa Glaucoma”, do Governo Federal, por meio do tratamento da doença, com o objetivo principal controlar a pressão intraocular para estabilizar a doença e preservar a visão do paciente. As opções incluem o uso de colírios, procedimentos a laser e, em casos mais avançados, cirurgia. O programa inclui diagnóstico, acompanhamento e tratamento, aos pacientes com glaucoma. A equipe liderada pela Dra. Juliana Ayupe de Oliveira, oferta em média, 750 atendimentos ao mês.
Dr. Silas Machado Franco Júnior. Crédito: FSFX
Com foco na prevenção e progressão da doença, apresenta resultados expressivos, o que permite a inclusão mensal de aproximadamente 30 pacientes. Atualmente, cerca de 2.250 pessoas estão cadastradas e realizam, trimestralmente, consultas de atendimento especializado, exames de campimetria visual computadorizada (CVC) e a curva tensional diária (CTD), e o recebimento contínuo de colírios, até o próximo atendimento. “O importante é que o paciente tenha boa adesão ao tratamento e siga o acompanhamento com o oftalmologista, para diagnosticar e orientar cada caso,” reforça o Dr. Silas Franco.
“A doença provoca uma atrofia do nervo óptico, formando uma escavação, ou seja, um buraco visível no nervo. Isso leva a uma perda progressiva do campo de visão, começando pela periferia, até atingir a visão central. O principal fator de risco é a pressão intraocular elevada, mas nos estágios iniciais pode ser imperceptível para as pessoas, o que torna o glaucoma uma doença silenciosa”, alerta o especialista. De acordo com ele, o tipo mais comum é o glaucoma crônico de ângulo aberto, responsável por 90% dos casos, mas existem outras variações, como o glaucoma de ângulo fechado, glaucoma congênito e/ou secundário.
Foto: Arquivo
“O exame oftalmológico regular é a principal forma de prevenção. Recomendamos que pessoas acima dos 40 anos, especialmente com fatores de risco, façam consultas oftalmológicas anuais ou a cada dois anos. Os danos causados ao nervo óptico são irreversíveis. Detectar a doença no início facilita o controle e reduz os impactos na visão”, afirma o Dr. Silas. Entre os fatores de risco, sendo o principal a pressão intraocular elevada, destaca-se o histórico familiar, a idade avançada, algumas etnias, miopia e hipermetropia, além de doenças como diabetes, hipertensão e o uso prolongado de corticoides.
O médico oftalmologista do Hospital Márcio Cunha (HMC), deixa uma mensagem no Dia Nacional de Combate a enfermidade. “O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo, mas, quando diagnosticado precocemente, é possível preservar a visão e manter a qualidade de vida. A melhor medicina é a preventiva. O acompanhamento regular com um oftalmologista é o melhor caminho para um diagnóstico precoce, evitando assim complicações futuras e graves. Realize exames anuais, e diagnosticada doença, faça o tratamento de forma correta”, pontua o especialista que coordena o serviço no HMC.
Reportagem: Euclides Éder