Docente de fisioterapia da Una Itabira, explica surgimento das dores pós-treinos
Fazer exercícios pode trazer incômodo no corpo, como dores pós-treinos, considerada reação comum, mas, são necessários cuidados com exageros. A orientação é da fisioterapeuta, preceptora e docente do curso deste nicho, na Faculdade Una Itabira, Cléucia Procópio. Ela ensina a lidar com a questão de maneira prática, quando começamos ou voltamos a fazer exercícios físicos. Para a professora, essa situação é normal, visto que se assemelha ao ato de “acordar a musculatura”, que estavam sem estímulo.
A profissional explica que o incômodo ocorre pelo acúmulo do ácido lático. Exigir os músculos durante os treinos provocam microlesões nas fibras. Não é algo ruim, pois elas vão beneficiar o corpo com o crescimento e fortalecimento. “Este é um fenômeno natural do corpo, processo de adaptação corporal. A regeneração destas fibras musculares faz com que elas cresçam em tamanho e, ao mesmo tempo, recebam nutrientes, devido ao aumento do fluxo sanguíneo local estimulado”, explica a preceptora universitária.
Neste processo, o rompimento das fibras musculares causam pequenos processos inflamatórios, e consequentemente, a dor muscular, porém, com resposta diferente em cada indivíduo, a depender do nível, intensidade, frequência e carga. Cléucia Procópio pondera que com o passar do tempo, os músculos criam mecanismos próprios de recuperação, possibilitando à pessoa ampliar sua resistência à exigência do exercício. Ela orienta sobre duração do incômodo e seu tempo de duração, no pós-treino.
“A dor do pós-treino costuma surgir de quatro a seis horas, após o término. No entanto, ela tende a aumentar com o tempo, atingindo seu pico entre as 24h e 48h, posteriores aos exercícios, podendo persistir por três a cinco dias”, explica a docente de fisioterapia. Porém, avisa que, essa dor não é algo incapacitante, ou que faça com que a pessoa tenha que tomar medicamentos para aliviar. Caso isso aconteça, pode ter sido efeito de exercícios feitos de maneira errada, ou com excessos no treinamento ou na carga.
“Caso a dor perdure por mais tempo, esta deverá ser investigada e diagnosticada por um fisioterapeuta, pois exercícios físicos executados de qualquer maneira, podem levar a vários quadros de tendinopatias, bursites ou lesões musculares graves, que vão muito além do seu ciclo natural”, alerta Cléucia Procópio. Ainda segundo a profissional de fisioterapia, a regra é respeitar sempre os limites do seu corpo, não buscar resultados rápidos e se informar com educador físico ou fisioterapeuta.
Ela listou alguns procedimentos usados para aliviar a dor no pós-treino: faça compressas frias por 10 a 15 minutos na região dolorida, três vezes dia. Massagear a área dolorida com uso das próprias mãos, com intensidade leve à moderada, três vezes ao dia. Fazer repouso muscular, ou alterne grupos musculares ao longo dos treinamentos, evitando repetição daqueles doloridos. Ter acompanhamento de profissional capacitado, treinar regularmente, se aquecer e alongar, antes e ao final da atividade.
Reportagem: Euclides Éder